• Matéria: Português
  • Autor: lealamanda998
  • Perguntado 6 anos atrás

Me ajudem por favor

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CADERNO DO ALUNO
2.O poema de Mário de Andrade apresenta uma reflexão sobre a criação de uma expressão
literária brasileira, envolvendo questões que passam pela busca e imitação de modelos
desconhecimento da língua portuguesa utilizada no Brasil e pela estrangeiros, pelo
construção da identidade nacional. Releia o texto e responda:

a)Pesquise o significado da palavra "lundu”. Qual o efeito de sentido que o termo possibilita
ao poema?
b) No primeiro verso, o eu lírico se coloca na posição de um escritor que incomoda "muita
gente". A partir do que é apresentado nas demais estrofes, por que isso acontece?
c) Explique o motivo da palavra "xavie" vir entre aspas e as palavras bagé, pixé e chué não?
d) Qual o tema principal tratado por Mário de Andrade? O que o poeta critica em seu poema?
e)No poema, há uma alteração estrutural no que se refere ao uso da:
( ) métrica
( ) rima
( ) linguagem de dicionário
( ) linearidade do discurso

Sabendo se tratar de um poema modernista, cujas características são a desconstrução e a
subversão da sintaxe, descreva as impressões que o texto despertou em você.​

Respostas

respondido por: polianafferreira
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a) O lundu também é conhecido como:

-  landum;

- lundum; e

- londu.

Faz referência a uma canto e dança que teve origem no continente africano e que, posteriormente, foi introduzido aqui no Brasil nosso país. Provavelmente foi trazido por escravos angolanos.

- O termo possibilita ao poema o sentido de mistura de culturas.

b) O incômodo acontece porque em seus poemas ele fala sobre diversas culturas.

c) A palavra xavié está entre aspas porque foi usada a linguagem coloquial

d) Mário de Andrade fala sobre as diferenças culturais, que nem sempre são conhecidas e/ou respeitadas.

e) Linguagem de dicionário

Poema: LUNDU DO ESCRITOR DIFÍCIL

"Eu sou um escritor difícil

Que a muita gente enquizila,

Porém essa culpa é fácil

De se acabar duma vez:

É só tirar a cortina

Que entra luz nesta escurez.

Cortina de brim caipora,

Com teia caranguejeira

E enfeite ruim de caipira,

Fale fala brasileira

Que você enxerga bonito

Tanta luz nesta capoeira

Tal-e-qual numa gupiara.

Misturo tudo num saco,

Mas gaúcho maranhense

Que pára no Mato Grosso,

Bate este angu de caroço

Ver sopa de caruru;

A vida é mesmo um buraco,

Bobo é quem não é tatu!

Eu sou um escritor difícil,

Porém culpa de quem é!...

Todo difícil é fácil,

Abasta a gente saber.

Bajé, pixé, chué, ôh "xavié"

De tão fácil virou fóssil,

O difícil é aprender!

Virtude de urubutinga

De enxergar tudo de longe!

Não carece vestir tanga

Pra penetrar meu caçanje!

Você sabe o francês "singe"

Mas não sabe o que é guariba?

— Pois é macaco, seu mano,

Que só sabe o que é da estranja."

Bons estudos!

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