1- como Vinícius de Moraes retrata a infância em seu poema "enjoadinho" ?
2- no poema de Cora Coralina, "antiguidades", como a infância é descrita ?
3- em "obras" poema de Manoel de Barros, como a infância é narrada ?
4- comparando os três poemas a infância é retratada da mesma maneira ? argumente apresentando exemplos.
5- Liste pelo menos três palavras de cada poema pesquisando seu significado dentro do poema.
quem responder poderia espesificar a resposta porfavor
Respostas
Resposta:
Explicação:
Olá, tudo bem?
O exercício é interpretação de textos.
Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
Quando eu era menina bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em cima.
Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)
Eu era menina em crescimento.
Gulosa, abria os olhos para aquele bolo
que me parecia tão bom e tão gostoso.
Era só olhos e boca e desejo daquele bolo inteiro.
Minha irmã mais velha governava.
Regrava.
Me dava uma fatia, tão fina, tão delgada…
E fatias iguais às outras manas.
E que ninguém pedisse mais !
E o bolo inteiro, quase intangível,
se guardava bem guardado,
com cuidado, num armário, alto, fechado, impossível.
Era aquilo, uma coisa de respeito.
Não pra ser comido
assim, sem mais nem menos.
Destinava-se às visitas da noite,
certas ou imprevistas.
Detestadas da meninada.
Criança, no meu tempo de criança,
não valia mesmo nada.
A gente grande da casa usava e abusava
de pretensos direitos de educação.
Por dá-cá-aquela-palha, ralhos e beliscão.
Palmatória e chineladas não faltavam.
Quando não, sentada no canto de castigo
fazendo trancinhas, amarrando abrolhos.
“Tomando propósito”.
Expressão muito corrente e pedagógica.
Aquela gente antiga, passadiça, era assim:
severa, ralhadeira.
Não poupava as crianças.
Mas, as visitas…
– Valha-me Deus !…
As visitas… Como eram queridas,
recebidas, estimadas, conceituadas, agradadas !
Eu fazia força de ficar acordada
esperando a descida certa do bolo
encerrado no armário alto.
E quando este aparecia,
vencida pelo sono já dormia.
E sonhava com o imenso armário
cheio de grandes bolos ao meu alcance.
De manhã cedo quando acordava,
estremunhada, com a boca amarga,
– ai de mim – via com tristeza,
sobre a mesa: xícaras sujas de café,
O prato vazio, onde esteve o bolo, e um cheiro enjoado de rapé.
1- como Vinícius de Moraes retrata a infância em seu poema "enjoadinho" ?
Filhos são uma aporrinhação, mas sem tê-los, como sabê-los?
2- no poema de Cora Coralina, "antiguidades", como a infância é descrita ?
Uma lembrança de bolo, que só pode comer pouco, uma ralhação com as crianças, uma espera pelas visitas para se comer o bolo.
3- em "obras" poema de Manoel de Barros, como a infância é narrada ?
NÃO FOI ENCONTRADO ESTE POEMA
4- comparando os três poemas a infância é retratada da mesma maneira ? argumente apresentando exemplos.
Não, cada um tem um jeito diverso de ver as crianças e a infância.
5- Liste pelo menos três palavras de cada poema pesquisando seu significado dentro do poema.
Filhos, como não te - los? como deixar de ter filhos
Onde esteve o bolo - o tão desejado bolo já tinha sido comido.
Saiba mais sobre interpretação de texto, acesse aqui
https://brainly.com.br/tarefa/25232154
Sucesso nos estudos!!!
Naquele outono, de tarde, ao pé da roseira de minha
avó, eu obrei.
Minha avó não ralhou nem.
Obrar não era construir casa ou fazer obra de arte.
Esse verbo tinha um dom diferente.
Obrar seria o mesmo que cacarar.
Sei que o verbo cacarar se aplica mais a passarinhos
Os passarinhos cacaram nas folhas nos postes nas pedras do rio
nas casas.
Eú só obrei no pé da roseira da minha avó.
Mas ela não ralhou nem.
Ela disse que as roseiras estavam carecendo de esterco orgânico.
Por isso, para ajudar, andei a fazer obra nos canteiros da horta.
Eu só queria dar força às beterrabas e aos tomates.
A vó então quis aproveitar o feito para ensinar que o cago não é uma
coisa desprezível.
Eu tinha vontade de rir porque a vó contrariava os
ensinos do pai.
Minha avó, ela era transgressora.
No propósito ela me disse que até as mariposas gostavam
de roçar nas obras verdes.
Entendi que obras verdes seriam aquelas feitas no dia.
desprezíveis
E nem os seres desprezados.