• Matéria: Português
  • Autor: Alessandra00Mayara
  • Perguntado 9 anos atrás

Me ajudem RESUMO deste TEXTO.
O CAÇADOR DE PALAVRAS
[...] Foi por causa de minha mania de ir ao cinema que tudo aconteceu.
Naquela noite, eu estava cansado. E o filme era bem aborrecido, para dizer a verdade. Só fiquei
para a segunda sessão porque estava chovendo, e não queria molhar os sapatos. Nos primeiros dez
minutos de filme,
adormeci. Meu corpo escorregou da cadeira, e dormi tão confortavelmente como em minha cama.
Acordei em plena escuridão e silêncio. No início, nem sabia onde estava. Aos poucos, meus
olhos foram se acostumando com a falta de luz. Vi a tela branca, o letreiro de saída apagado. Não
entendi, imediatamente, o que estava acontecendo. Levantei atordoado. Com dificuldade, empurrei a
porta de entrada. Pesada. Saí do saguão. Só então percebi o que havia acontecido: haviam esquecido de
mim no cinema. Completamente. Talvez não tivessem me visto. Olhei o relógio, estava no meio da noite.
Quis telefonar. Fui até o escritório, estava trancado. Pensei em quebrar o vidro. Nunca senti
tamanho desespero.
É incrível como um cinema vazio, à noite, pode ser tétrico. Olhava para as paredes, via
sombras. Ouvia ruídos. Ao mesmo tempo, tentei raciocinar. Arrombar a porta, ou qualquer coisa do tipo,
poderia terminar em confusão. Chamar a polícia também: como explicar minha presença, se todos
pensariam, no primeiro instante, que eu era um ladrão? O ideal, sem dúvida, era aguardar algumas
horas, e esperar, pacificamente, que alguém
viesse abrir o cinema. Poderia, então, sair calmamente.
Como passar aquelas horas difíceis? Foi quando vi, no canto do balcão da doceria, ajudando a
apoiar uma lata, um livro grosso. Fui até ele. Peguei. Era bem pesado.
Saí do saguão, onde só entrava a luz do luar, e fui ao banheiro. Acendi a luz. No hall de entrada
que levava aos dois toaletes, havia um sofazinho velho. Sentei, e abri o livro. Era um dicionário com a
origem e o significado das palavras. No primeiro instante, pensei:
– Bem que eu preferia um livro policial!
Puro engano. Só para me distrair, comecei a folheá-lo. Pouco a pouco, fui sendo envolvido pelo
universo fascinante das palavras. Elas começaram a brilhar para mim como estrelas no céu. Da mesma
forma que todas as pessoas, sempre vivi cercado por verbos, substantivos, adjetivos. Com eles, dei forma
a sentimentos, expressei vontades, descobri risos, comuniquei emoções. Mas, assim como não se pensa
conscientemente nos dedos cada vez que se pega um garfo, também não me detinha nas palavras. Elas faziam parte de mim como os olhos, os cabelos e as unhas. Eram tão enredadas no cotidiano como o
elevador do prédio, o ônibus, o cartão de ponto. Apesar de fluírem através da vida com tanta facilidade
quanto o ar que respirava, as palavras eram um instrumento que eu usava mecanicamente.
De repente, tudo mudou.
Naquela noite, descobri que as palavras guardam histórias. Percorrem os tempos, registrando
emoções, atravessam vidas. Entendi, pela primeira vez, o fascínio dos poetas ao brincar com elas,
criando versos e rimas que trazem os sons das marés, a cadência dos sentimentos, o colorido das
primaveras. A paixão de quem faz letras de músicas, sonoras por si sós, onde as palavras remetem umas
às outras, dançam entre si. Senti o encanto dos escritores, que as usam para criar mundos e vidas, como
se fossem bilhetes para viagens fulgurantes. E, então, eu também me apaixonei, porque descobri, mais
que tudo, o quanto as palavras são vivas.
Deixei de ouvir os ruídos, de olhar as sombras daquele cinema vazio. Era como se eu estivesse
lendo um romance que falava de todas as pessoas, de toda a humanidade. Quis seguir a trilha das
palavras.[...]

Respostas

respondido por: TeixeiraSilva
70
                                        O CAÇADOR DE PALAVRAS  

Naquela noite, Julio o protagonista adormeceu no cinema. Sem saber o que fazer, o protagonista imagina várias formas de sair dali. Entretanto, ele abandona quase todas as ideias que teve, pois podia ser confundido com um ladrão e, por não querer confusão preferiu esperar.Enquanto aguardava viu, no canto do balcão da doceria, um livro e passou a lê-lo. Pouco a pouco, Julio foi se envolvendo pelo universo fascinante das palavras. A descoberta das palavras e de seus significados faz com que o narrador reveja a relação que até ele tinha com as palavras.Até aquela noite, descobre a utilidades de verbos, substantivos e adjetivos. A de dar formas aos sentimentos, expressar vontades, descobrir risos e comunicar emoções.

respondido por: joaolima1122
3

Resposta:

Naquela noite, Julio o protagonista adormeceu no cinema. Sem saber o que fazer, o protagonista imagina várias formas de sair dali. Entretanto, ele abandona quase todas as ideias que teve, pois podia ser confundido com um ladrão e, por não querer confusão preferiu esperar.Enquanto aguardava viu, no canto do balcão da doceria, um livro e passou a lê-lo. Pouco a pouco, Julio foi se envolvendo pelo universo fascinante das palavras. A descoberta das palavras e de seus significados faz com que o narrador reveja a relação que até ele tinha com as palavras.Até aquela noite, descobre a utilidades de verbos, substantivos e adjetivos. A de dar formas aos sentimentos, expressar vontades, descobrir risos e comunicar emoções.

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