• Matéria: História
  • Autor: JailsonJagger
  • Perguntado 6 anos atrás

Escreva sobre o combate aos sertanejos no Contestado : ME AJUDEM !!

Respostas

respondido por: temari666
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Resposta:

Tomada pela miséria, parte da população sertaneja nas fronteiras entre Paraná e Santa Catarina tornam-se seguidores do monge e curandeiro José Maria. Desamparados pelo governo, os caboclos buscam a partir da figura do monge a chance de ter a cura de algumas doenças e conseguir um pedaço de terra para viver. Afinal, uma grande população de caboclos, sitiantes e ervateiros já tinha sido expulsa de suas propriedades devido à construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande do Sul.

Expulsos de Taquaruçu a mando do prefeito local, coronel Albuquerque, parte dos seguidores do monge se refugiam em Irani (atual Palmas)– localidade tomada por conflitos fronteiriços. As autoridades paranaenses, contudo, interpretam o ato como uma invasão de catarinenses na área, que estava em disputa entre os dois estados.

Bastou essa concentração de cerca de 200 pessoas para que o primeiro confronto do Contestado tivesse início. A chamada Batalha de Irani, em 1912, matou 21 pessoas, entre elas os chefes dos grupos em confronto – o coronel João Gualberto Gomes de Sá e o próprio monge José Maria.

Foi o estopim para que ao longo de quatro anos – de 1912 a 1916 – a Guerra do Contestado deixasse cerca de 10 mil mortos. A população cabocla da região, que era profundamente mística e praticante de um catolicismo rústico, foi praticamente exterminada nesse período.

Uma guerra que poderia ser evitada caso o poder político dos tempos da República Velha tivesse como objetivo a justiça social. “A guerra só aconteceu porque havia uma injustiça social enorme na região. Os interesses dos políticos e de companhias estrangeiras estavam acima dos interesses e necessidades da população cabocla”, afirma o professor e historiador Renato Mocellin, que lançou na quinta-feira (24) o livro Pelados X Peludos – A batalha dos xucros.

Mocellin caracteriza o Contestado como uma guerra entre uma população pobre e miserável que foi duramente combatida pelas forças do governo. “Foi uma guerra de extermínio contra seu próprio povo, como se essa população fosse inimiga do Brasil”, explica.

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