Pesquisa conduzida há alguns anos por cientistas de diversas universidades brasileiras e do exterior encontrou traços comuns entre materiais genéticos de indígenas brasileiros que viveram no século XIX e de nativos de ilhas da Polinésia, localizadas praticamente do outro lado do mundo, no oceano Pacífico. Essa descoberta contraria a ideia de que a migração do ser humano para a América tenha acontecido pelo estreito de Bering, que unia Alasca e Rússia há 20 mil anos. No entanto, como a ilha de Madagascar, que fica na Costa leste da África, bem perto de Moçambique, de onde o Brasil recebeu muitos escravos até o século XIX, contém populações de origem polinésia, a semelhança improvável passa a fazer sentido.
Baseado no que leu, como explicar a semelhança genética entre indígenas brasileiros e nativos da Polinésia?
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Uma pesquisadora que colaborou com um estudo que se tornou artigo publicado na mesma edição do periódico que oferece uma explicação embasada na genética e na arqueologia ao mistério dos genes dos nativos e Indígenas.O estudo analisou o DNA de 27 indivíduos do povo nativo da Ilha de Páscoa, os rapanui. As descobertas mostraram que o material genético desta população é 76% polinésio, 8% americano nativo e 16% europeu. Por meio de padrões de mistura de genes, notou-se que entre os anos 1300 e 1500 houve um contato intenso entre os rapanui e os habitantes da América do Sul, há cerca de 19 a 23 gerações.
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