haveria outras possibilidades de ação sem pensar no controle populacional? tendo como base a vivência da humanidade até nossos dias atuais
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Em um artigo intitulado «The Earth is Full» , de 2008, o colunista Thomas Friedman diz que «O crescimento populacional e o aquecimento global pressionam os preços dos alimentos, o que gera instabilidade política, o que leva ao encarecimento do petróleo, o que leva a novos aumentos dos preços dos alimentos, e assim reiniciando o círculo vicioso». O principal problema, só para começar, é que não há absolutamente nenhuma relação entre um grande número populacional, desastres ambientais e pobreza. Os entusiastas das políticas de controle populacional devem considerar a República Democrática do Congo e suas míseras 29 pessoas por quilômetro quadrado como sendo o ideal ao passo que Hong Kong e suas 2.510 pessoas por quilômetro quadrado devem ser um pesadelo. No entanto, os cidadãos de Hong Kong usufruem uma renda per capita de US$ 52.000, ao passo que os cidadãos da República Democrática do Congo, um dos países mais pobres do mundo, sofrem com uma renda per capita de US$ 648.
Alguns dos países mais pobres do mundo são aqueles que têm as menores densidades populacionais. Vejamos outras evidências sobre densidade populacional. Antes do colapso a União Soviética, a Alemanha Ocidental tinha uma densidade populacional maior do que a da Alemanha Oriental. No entanto, embora fossem mais povoados, Alemanha Ocidental, Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Cingapura, Estados Unidos e Japão vivenciaram um crescimento econômico muito mais alto, um padrão de vida muito superior, e um acesso a recursos naturais de qualidade de forma muito mais plena e acessível do que a população daqueles países de menor densidade populacional.
Em grande medida, a pobreza nos países subdesenvolvidos pode ser diretamente atribuída ao fato de que seus líderes seguiram os conselhos de «especialistas» ocidentais. O economista sueco e Prêmio Nobel Gunnar Myrdal disse, em 1956, que «Os conselheiros para assuntos especiais dos países subdesenvolvidos, que se dedicaram a estudar e entender os problemas desses países ... todos recomendam o planejamento centralizado como a condição precípua para o progresso». Para coroar essa série de maus conselhos, os países subdesenvolvidos enviaram seus melhores alunos para estudar economia em Berkely, Harvard, Yale e na London School of Economics, onde aprenderam tolices socialistas sobre crescimento econômico. Por exemplo, o economista e Prêmio Nobel Paul Samuelson os ensinou que os países subdesenvolvidos «não conseguem emergir sua cabeça de debaixo d'água porque sua produção é tão baixa que eles não conseguem poupar nada para formar capital».
Os entusiastas do controle populacional têm uma visão malthusiana do mundo, a qual vê o ritmo do crescimento populacional superando o ritmo da criação de meios para que as pessoas se sustentem. Esse é o cerne de todas as ideias contrárias à expansão populacional. A verdadeira lição anti-pobreza para os países pobres é que o caminho mais promissor e seguro para se sair da pobreza e gerar mais riqueza é a liberdade individual, o livre comércio, uma moeda forte, o respeito à propriedade privada e, acima de tudo, um governo limitado.
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