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Conflitos agrários que se agravam pela inexistência ou morosidade nos processos de demarcação de terras, mortalidade por desnutrição e doenças, desrespeito cultural, não valorização das populações indígenas, ausência de políticas mais efetivas que prestigiem estes grupos, compõem o cenário vigente relativo ao índio brasileiro.
Do total estimado da população autóctone no começo do século XVI que chegava a 5 milhões de indivíduos, existem hoje no território nacional 325.652 indivíduos, de cerca de 215 etnias, sendo 62.730 na região Centro-Oeste e 17.239 em Mato Grosso.
Um dos conflitos mais recentes e acirrados é o da reserva Raposa Serra do Sol, com 1,7 milhão de hectares, em Roraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana, que concentra cerca de 20 mil índios de seis etnias.
Supremo Tribunal Federal (STF) decide, na próxima semana (dia 27), se mantém a demarcação da reserva em área contínua, como prevê o decreto do governo, ou se divide a terra em ilhas, para manter no local fazendeiros de arroz.
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já alertou sobre os riscos de conflito armado e defendeu a demarcação em área contínua, como foi homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, depois de ter sido demarcada em 2002 pelo governo Fernando Henrique Cardoso.