• Matéria: Saúde
  • Autor: cmdrspalmaresoytp56
  • Perguntado 6 anos atrás

Uma pesquisa sobre índice de vitamina D constatou uma divergência entre dados de pesquisas de referência e estudos locais de PE. De acordo com as pesquisas de referência os níveis médios de vitamina D devem ser 20 ng/mL e os valores de PE coletados ficaram próximos de 15 ng/mL. Defina o erro tipo I para a hipótese nula desse estudo.Leitura Avançada

Respostas

respondido por: mariaguedes786
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Resposta:

Olá boa tarde,

Explicação:

A vitamina D é essencial para a homeostase do cálcio e dos ossos e ainda pode ter outros efeitos para a saúde. Como as fontes alimentares são escassas, a principal fonte nos seres humanos é a produção cutânea catalisada pelos raios solares UVB. No entanto, a mesma radiação que leva à produção da vitamina também pode ser carcinogênica. Com o aumento da expectativa de vida, evitar a exposição excessiva ao sol parece ser uma atitude prudente, porém a saúde daqueles que não querem ou não podem se expor aos raios solares pode correr alguns riscos se não houver suplementação adequada.

Níveis ideais de vitamina D – Existe uma definição universal?

O progresso na compreensão do metabolismo da vitamina D e suas ações têm resultado em um grande número de diretrizes com orientações muitas vezes discrepantes. As sociedades científicas atualizam regularmente suas recomendações quanto à suplementação de vitamina D, existindo atualmente uma ampla discussão sobre que níveis séricos de vitamina estariam associados a um maior risco de complicações à saúde.

Uma revisão publicada recentemente na Nature Reviews Endocrinology discute as diferenças nas recomendações para suplementação de vitamina D em mais de 40 países, trazendo também a imagem abaixo que representa, de forma esquemática, a forma como diferentes agências e países recomendam que seja feita a interpretação dos níveis séricos de 25 hidroxivitamina D (25(OH)D).

Código de cores:

Cor vermelha = estado de deficiência grave que deve ser corrigida sem exceção;

Cor laranja = deficiência leve, com correção desejável;

Cor verde = estado de suficiência onde suplementação não traria benefícios adicionais.

Reprodução/Nature Reviews Endocrinology

Todas as diretrizes concordam que níveis séricos de 25(OH)D abaixo de 10 ng/ml devem ser evitados em qualquer idade, e que crianças e adultos com limitação à exposição solar devem receber suplementação de vitamina D, porém ainda existe uma ampla variação com relação às doses recomendadas e concentrações mínimas de 25(OH)D desejáveis.

Estudo levanta a questão: que nível de Vitamina D identifica maior risco de doença óssea?

O estudo Serum 25-Hydroxyvitamin D Insufficiency in Search of a Bone Disease, recém-publicado no JCEM, teve como objetivo investigar se os valores de corte utilizados atualmente para definir “deficiência” e “insuficiência” de vitamina D (abaixo de 12ng/ml e 30ng/ml, respectivamente) são capazes de identificar indivíduos com evidências bioquímicas ou morfológicas de doença óssea iminente ou estabelecida, e se a proporção de pessoas com anormalidades bioquímicas ou morfológicas aumenta à medida que os níveis de 25(OH)D séricos diminuem.

O estudo analisou 2 coortes:

– A primeira com 11.855 participantes, onde foram realizadas dosagens de 25(OH)D, cálcio, fosfato, creatinina e PTH (paratormônio) durante um período de 5 anos.

– A segunda com 150 participantes, onde um subgrupo foi avaliado quanto aos seguintes parâmetros: marcadores de remodelação óssea – telopeptídeo C-terminal de colágeno tipo 1 (Ctx), propeptídeo N-terminal de procolágeno tipo 1 (P1NP), densidade mineral óssea (DMO) de coluna lombar e colo de fêmur por DEXA, e micro-estrutura do radio distal (microtomografia computadorizada periférica de alta resolução), além de densidade de mineralização da matriz (DMM).

Foram observados os seguintes resultados:

– Houve associação positiva entre as dosagens séricas de 25(OH)D, cálcio e fosfato: quanto mais baixo o nível de 25(OH)D, mais baixo o cálcio e o fosfato.

– Para o cálcio sérico, o ponto de corte ocorreu com níveis de 25(OH)D de 12ng/ml. Os níveis de fosfato não tiveram relação com um ponto de corte específico.

– Foi observada variação sazonal nos níveis de 25(OH)D e PTH. Os valores médios mais baixos de 25(OH)D e mais altos de PTH foram observados nas amostras colhidas durante a primavera.

– As dosagens de PTH e fosfatase alcalina (FA) tiveram associação negativa com os níveis séricos de 25(OH)D, com evidência de um ponto de corte de 25(OH)D de 12ng/ml.

A maioria dos 1439 participantes com níveis séricos de 25(OH)D < 12ng/ml não apresentou anormalidades bioquímicas, entretanto, em uma parcela deles, foram observadas as seguintes alterações:

– 6,1% apresentaram hipocalcemia.

– 3,4% apresentaram hipofosfatemia.

– 6,1% apresentaram fosfatase alcalina alta.

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