• Matéria: Filosofia
  • Autor: yader
  • Perguntado 6 anos atrás

Qual a briga entre Agostinho e Pelágio na questão da salvação da alma?​

Respostas

respondido por: jhonathansapeko
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Resposta:

Este artigo é um estudo do pensamento teológico de Agostinho acerca da influência do pecado original no livre-arbítrio, resultando na necessidade da graça divina para que o ser humano possa alcançar a salvação. Palavras-chave: Maniqueísmo; livre-arbítrio; graça; pecado original; batismo.

Explicação:

respondido por: tiagossdaluz
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Resposta:

Aurélio Agostinho (354-430 d.C.), embora tenha nascido num lar cristão, viveu uma vida dissoluta antes da sua conversão. Durante nove anos foi maniqueísta, vindo a se converter à fé cristã em 386 d.C., sendo batizado em 387 d.C. por Ambrósio, em Milão. Em 391 d.C. foi ordenado ao sacerdócio, sendo quatro anos mais tarde consagrado bispo coadjutor de Hipona. Porém, em pouco tempo morreria o bispo Valério, e Agostinho assumiria o seu lugar, como bispo de Hipona. Mas somente em 412 d.C., é que começa a controvérsia que dividiu definitivamente as opiniões dentro da Igreja.

Ele é conhecido como um dos primeiros defensores das doutrinas da graça no período da patrística. A discussão sobre o livre arbítrio e predestinação já se estendia antes de Agostinho, eram assuntos conflitantes no seio da Igreja. Contudo, para o nosso objetivo sem mais delongas, basta dizer que em Agostinho o assunto foi definido quando ele sumarizou e sistematizou as opiniões já existentes, levando a Igreja a tomar uma posição oficial, ainda que temporariamente. [1]

Quando Pelágio se fez notar dentro da Igreja Cristã, Agostinho já era uma figura influente. Pelágio era um monge britânico que apareceu em Roma, por volta do ano 400 d.C., para refutar as doutrinas de Agostinho. Pelágio escreveu um comentário sobre as epístolas paulinas em 409 d.C.. A sua posição teológica pode ser denominada de “monergismo humano”, e esta foi expressa de forma mais desenvolvida pelo seu principal discípulo Celestius. Esse “monergismo humano” de Pelágio é assim chamado porque para ele o poder da vontade humana é decisivo e suficiente na experiência da salvação. Sua célebre frase expressa claramente essa mentalidade, quando ele afirma “se eu devo, eu posso”. [2]

A controvérsia entre Agostinho e Pelágio, se resumia em dois pontos teológicos: a liberdade [capacidade] da vontade humana (livre arbítrio), e na maneira como Deus opera sua graça. Quanto ao livre arbítrio, a discussão era se o ser humano é absolutamente capaz de exercer a sua liberdade, ou não. Agostinho ensinava e defendia a doutrina “do pecado original”, e os seus inevitáveis efeitos mortais sobre a vida de todos os descendentes de Adão. Pelágio, contudo negava tal contaminação, e afirmava a inocência da alma, como também a absoluta capacidade de escolha tanto moral, quanto espiritual.

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