• Matéria: Biologia
  • Autor: amandinhadograu
  • Perguntado 6 anos atrás

No que se baseia a citogenética e quais as principais técnicas envolvidas nesse estudo?​

Respostas

respondido por: adryanvieira94
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Resposta:

so isso q posso falar.

Explicação:

A citogenética é o campo da genética que estuda os cromossomos, sua estrutura, composição e papel na evolução e no desenvolvimento de doenças.

A história da citogenética começa em 1903, quando o americano Walter Sutton e o alemão Teodor Boveri estabeleceram a Teoria Cromossômica da Herança, propondo que o material genético está nos cromossomos. Sutton e Boveri deram início a uma revolução científica que permitiu a caracterização de numerosas síndromes malformativas antes não explicadas e o surgimento de novas especialidades na Genética Humana com aplicações na prevenção, no diagnóstico e na terapêutica médica. Também estão no escopo da citogenética pesquisas sobre a biodiversidade, estudos de melhoramento genético de plantas e animais, e até estudos de fertilidade, tanto humana como animal.

O professor Manoel Ayres, fundador do atual Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, criou, em meados da década de 1970, o Laboratório de Citogenética da UFPA. Os primeiros trabalhos de Manoel Ayres à frente do Laboratório foram os estudos citogenéticos em tartarugas, realizadas juntamente com a doutora Regina Barros. Posteriormente, Regina Barros se dedicou ao estudo de mamíferos, desenvolvendo a citogenética de roedores na UFPA.

Atualmente, o corpo de pesquisadores do Laboratório de Citogenética é composto por três doutores: Julio Cesar Pieczarka, Cleusa Yoshiko Nagamachi e Edivaldo Herculano Corrêa de Oliveira, que desenvolvem pesquisas em mamíferos (primatas, roedores, marsupiais e quirópteros), aves, peixes, anfíbios e em citogenética humana, com estudos como a “Caracterização Citogenética e Molecular de Tumores do Sistema Nervoso Humano (SNH)”, no qual são analisadas amostras cedidas pelo Hospital Ofyr Loyola. Por meio desse estudo, os pesquisadores buscam identificar e validar marcadores moleculares que possam ser úteis no diagnóstico e prognóstico do câncer, contribuindo para o entendimento dos processos biológicos responsáveis pela iniciação, transformação e progressão dos tumores.

O laboratório é dividido em três módulos: Biotecnologia, equipado com controle ambiental para cultura de tecidos e manipulação genética. Nesse módulo, um tecido cultivado pode durar até 20 anos, compondo um banco de células vivas; módulo de Preparação, equipado com balanças de precisão, banhos-maria, bancadas, vidrarias e estufas de secagem. Nesse módulo as lâminas são preparadas para análise, com marcação da amostra que será estudada; essas amostras serão analisadas e registradas no módulo de Microscopia, dotado de sistemas para captura, tratamento e impressão em alta resolução de imagens digitalizadas. O Instituto também oferta o Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular, no qual a citogenética está inserida.

 

No Brasil, os principais centros de pesquisa em citogenética ficam no estado de São Paulo, na USP e na UNESP. “Fora de São Paulo, existe o grupo da UFRGS em Porto Alegre, a UFPE em Recife e os grupos de citogenética da UFPA, onde nosso laboratório é pioneiro nacional no estudo de pintura cromossômica”, diz o professor Julio Cesar Pieczarka, vice-coordenador do ICB.

Pintura Cromossômica auxilia análises

A Pintura Cromossômica é uma técnica utilizada para marcar ou “pintar” a amostra de cromossomo que se quer analisar. As amostras marcadas com material fluorescente são chamadas “sondas” de DNA, em analogia às sondas que viajam pelo espaço. Como os cromossomos são dispostos aos pares, a sonda formará um híbrido com seu par correspondente, que será facilmente identificado pela cor. Este procedimento é conhecido como hibridização in situ fluorescente (FISH).

“Essa técnica é pouco conhecida no Brasil, pois exige um laboratório com um nível de sofisticação acima daqueles que temos no nosso país”, afirma Pieczarka, justificando o pioneirismo da UFPA.

A hibridização in situ começou a ser desenvolvida na UFPA na segunda metade dos anos 90 e ganhou impulso por meio de convênios com o Instituto de Antropologia e Genética Humana de Munique, na Alemanha (2000), e com a Universidade de Cambridge, na Inglaterra (2004). Pieczarka explica que “com essa técnica é possível mapear o genoma de diversos organismos, contribuindo para o conhecimento da biodiversidade brasileira e principalmente da Amazônia. Essas informações são úteis também para estudos evolutivos e de classificação biológica. Um outro aspecto importante dessa técnica é sua possibilidade de ser usada para estudos de alterações genéticas em doenças como o câncer”.

As conquistas do Laboratório de Citogenética da UFPA incluem a implantação de técnicas inéditas no Brasil e a descoberta do cariótipo de várias espécies, além da reconstrução da filogenia de diversos grupos animais da Amazônia.

A citogenética é uma ciência de base, responsável pela caracterização de muitas espécies amazônicas.


adryanvieira36: não me permitiu colocar mais informações me desculpe
adryanvieira36: :(
amandinhadograu: imagina, se eu precisar de mais detalhes pra entender público de novo a pergunta, obrigada
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