• Matéria: Filosofia
  • Autor: ppachecoo2020
  • Perguntado 6 anos atrás

Quais são os dois principais métodos da Ciência Moderna?

Respostas

respondido por: ALINEBRITOWULFING
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Resposta:

A ciência moderna ligou-se à ideologia burguesa e a sua vontade de dominar o mundo e controlar o meio  ambiente. Nisto ela foi perfeitamente eficaz. Foi um instrumento intelectual que permitiu à burguesia, em primeiro  lugar, suplantar aristocracia e, em segundo, dominar econômica, política, colonial e militarmente o planeta.

Durante séculos sentiu-se a eficácia desse método e os seus sucessos serviram de base às ideologias  do progresso. De fato, os benefícios resultantes foram enormes: foi graças à produção da sociedade burguesa, à  sua ciência e à tecnologia que a vida humana conheceu múltiplas melhorias. Foram a ciência e a técnica que  impediram que as pessoas ficassem completamente dependentes da energia, dos aspectos aleatórios do clima, de uma fome sempre ameaçadora e assim por diante. A civilização burguesa produziu, para praticamente todas  que se juntaram a ela, bens múltiplos, não somente para os mais ricos, mas, pelo menos em sua última fase,  para todos nos países ocidentais. Graças a ela, a maioria da população se beneficia de um bem-estar econômico  que os mais ricos poderiam sonhar há alguns séculos.

Não obstante, as recentes evoluções da sociedade, os perigos da poluição, a corrida armamentista em especial  as armas atômicas, os problemas da energia, entre outros, levaram um número cada vez maior de pessoas a se  questionar a respeito dessa atitude de domínio. Quando os seres humanos se constituem como senhores solitários  do mundo, em exploradores da natureza e, muitas vezes, como calculadores em relação à própria vida, é, a longo  termo, possível ainda viver?.

É essa atitude de domínio desejável no que se refere a todas as coisas? Em certos campos, em todo caso, ela  parece ter chegado a um fracasso.

Hoje, em especial com o movimento ecológico, muitos se perguntam se a  ciência e a tecnologia acarretam sempre necessariamente a felicidade aos seres humanos.

Em nossa sociedade, assistiu-se a uma espécie de revolta diante da atitude técnico-científica. A civilização da  ciência, civilização da precisão, da escrita é recolocada em questão, como demonstra o desejo de muitos de  reencontrar um contato mais autêntico com a natureza. O limite da gestão do mundo pelo técnico-científico se  torna patente quando se considera a incapacidade do progresso em resolver os problemas sociais do mundo e em  particular a sua incapacidade de suprimir as dominações humanas, principalmente aquelas criadas pela indústria e  pela exploração do Terceiro Mundo (dois produtos da sociedade burguesa). Parece que a ciência não é de modo  algum eficaz para resolver as grandes questões éticas e sociopolíticas da humanidade. Mais ainda, alguns lhe  atribuem um papel no estabelecimento das desigualdades mundiais.

É por isso que, hoje, muitos, ao mesmo tempo que reconhecem a eficácia e a performance da ciência e da  técnica, recusam-se a reduzir a elas a sua visão do mundo.

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