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Da cidadania ligada à nacionalidade passa-se a um conceito mais amplo, mesmo porque são muitos os excluídos dentro de seu próprio Estado. Ter cidadania universal, mundial, ou cosmopolita, significa gozar dos direitos humanos consagrados nos instrumentos jurídicos internacionais e nacionais sempre e em todo lugar.
Esta concepção revela um giro de 180º graus na idéia tradicional de cidadania, que floresceu no nacionalismo, na dicotomia comunidade política interna versus anarquia internacional externa, pertença a uma comunidade política versus vulnerabilidade da "pessoa sem Estado" . Aliás, a cidadania nesse sentido tem-se tornado status de discriminação e exclusão dos direitos.
O direito a uma cidadania universal é algo hoje também percebido e reivindicado pelos movimentos sociais de promoção e proteção dos Direitos Humanos dos Migrantes, no mundo inteiro. Os migrantes protestam por uma cidadania universal, conscientes de que efetivamente fazem jus à proteção fora das fronteiras do seu Estado e cientes de que os Direitos Humanos correspondem a toda a humanidade, independentemente das soberanias estatais e da nacionalidade, comEsta idéia tão moderna de cidadania universal (que conduz ao respeito dos direitos dos migrantes, tão difícil hoje), foi concebida por Kant há mais de dois séculos, ao propor o respeito ao Princípio de Hospitalidade no Direito Cosmopolita
Não existe nenhum direito de hóspede sobre o qual se possa basear esta pretensão, mas um direito de visita, que assiste todos os homens para se apresentar à sociedade, em virtude do direito da propriedade comum da superfície da Terra, sobre a qual, enquanto superfície esférica, os homens não podem estender-se até ao infinito, mas devem finalmente suportar-se um aos outros, pois originariamente ninguém tem mais direito do que outro a estar num determinado lugar da Terra.
(tem sites com pesquisas mais profundas)