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Resposta:
à história: começou em junho de 1994, quando um humilde menino do interior do Ceará, chamado Ronaldo Nonato, colocou seu dentinho de leite recém caído debaixo de seu simplório travesseiro. Junto ao pequeno pedaço de osso, um recadinho: “Querida fadinha dos dentes, eu não quero moeda não. Quero a taça da Copa do Mundo pra nossa seleção.”
A Fada dos Dentes, que todas as noites repetia sua enfadonha rotina, tira dentinho, coloca tostão, quase não acreditou naquele pedido, não. Olhou o garoto de perto, a casa de taipa, as roupas poeirentas e, por certo, se comoveu. Que diabos é essa taça para ser mais importante do que uma moedinha na vida de uma criança que mal tem o que comer?
Rapidamente tratou de se informar e descobriu que era algo relacionado a um famoso jogo popular. Foi ter com os deuses do futebol, que lhe mostraram a importância e a graça da tal Copa do Mundo e, por consequência, de sua reluzente taça. Disseram-lhe também que o país do ludopédio, pátria daquele pobre moleque, fazia 24 anos que não conquistava o título máximo do jogo.
E não que é que a danada da fada se encantou pelo tal do esporte bretão? Pegou gosto pelo jogo bem jogado e viu em nossa seleção uma maneira de ajudar o menino lá do sertão. Havia ali, naquele time, um outro rapazote que a fada já havia visitado e, que, na ocasião, presenteara com dentes deveras evidentes. O nome, Ronaldo Nazário, xará fluminense, promessa da bola, banco do Romário. Não podia ser coincidência, era o destino dando seu recado, coisa que fada que se preze não deixa passar. A criaturinha resolveu interceder, tocou a arcada dentária do jovem boleiro com sua varinha de condão e professou: este aqui está destinado a sorrir com a taça na mão. Mesmo ele não tendo jogado naquela Copa, o encanto da fada surtiu efeito no restante da seleção e o Brasil trouxe o caneco para felicidade do garotinho desdentado e de toda a nação