Questão 1
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou,
ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II
e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o
conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no
Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas
e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de
teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na
descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de
seu acervo inédito será digitalizada.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura
digitalização de sua obra, depreende-se que
a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam
compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma
vasta obra literária com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização,
demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na
preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por
sua temática indianista.
Questão 2
A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do
Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da
língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do
domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica.
Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a
emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de
Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI,
encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não
mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver
como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado
como “novidade” no século XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um
conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se
conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a
norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e
hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma
norma por outra?
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos
evidencia que
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança
na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a
definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos
linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição
linguística.
Questão 3
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência
de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de
alguém que esteja sendo acusado.
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da
internet:
a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo
b) configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados
c) emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados
d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados concretos
Respostas
respondido por:
3
letra b
Explicação:
configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados
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