POEMA: O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa;
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947.
1. A expressão “Meu Deus” significa que o autor:
a) alegrou-se com a cena.
b) ficou indiferente.
c) solucionou um problema social.
d) fiou chocado com o espetáculo.
e) n.d.a
2. A causa principal da nossa admiração pela poesia é porque:
a) o autor retratou a cena que humilha a condição humana.
b) o autor procurou comparar o homem com cães e gatos.
c) o homem já não vive mais nesse ambiente de miséria.
d) é falsa a notícia de que a humanidade passa fome.
e) n.d.a
3. A intenção do autor ao usar a palavra “bicho” parece que:
a) procurou chamar a nossa atenção para animais do lixo.
b) a história é mesmo sobre um lixo.
c) o homem se viu reduzido a condição de animal.
d) o homem deve ser tratado como animal.
e) n.d.a
4. O assunto do texto é:
a) a imundice de um pátio.
b) um bicho faminto.
c) a comida que as pessoas jogam fora.
d) a triste situação de um homem.
e) n.d.a
Respostas
Resposta:
1- (D) Ficou chocado com o espetáculo.
2-(A) O autor retratou a cena que humilha a condição humana.
3-(C) O homem se viu reduzido a condição de animal.
4-(D) A triste situação de um homem.
Sobre o poema O bicho de Manuel Bandeira
1. A expressão “Meu Deus” significa que o autor ficou chocado com o espetáculo. Letra D.
2. A causa principal da nossa admiração pela poesia é porque o autor retratou a cena que humilha a condição humana. Letra A.
3. A intenção do autor ao usar a palavra “bicho” parece que o homem se viu reduzido a condição de animal. Letra C.
4. O assunto do texto é a triste situação de um homem. Letra D.
O poema O bicho, de 1947, retrata de forma chocante a miséria e a marginalização de uma fatia enorme da sociedade, que ao lutar pela sobrevivência, é forçada a viver em condições de vida sub-humanas que se assemelham a condições de vida de animais. Desse modo, representa uma dura crítica social à realidade brasileira dos anos quarenta.
Manuel Bandeira compara a vida de moradores de rua a vida de animais de rua, que retiram do lixo, o alimento para sobreviver. O autor tem a sensibilidade de se colocar no no espaço vivenciado pelo eu lírico do poema, no caso o bicho, para gerar empatia quanto à necessidade das pessoas que se encontram em situações de pobreza extrema.
O autor do poema, nos faz enxergar a situação de forma clara e vívida. Nos faz nos colocar no lugar da pessoa, que sem opção, nem ao menos examina os alimentos que retira do lixo para consumir, apenas os engole para saciar sua fome.
Trata-se de uma cena triste e cruel retratada em poesia, representando a exclusão de um grande centro urbano, e o abismo social típico da sociedade brasileira.
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