1- Quais as medidas mercantilistas que foram introduzidas em Portugal?
2 - Quem as promoveu? Porquê?
3 - Porque foram à falência essas medidas?
4 - O que foi o Tratado de Methuen ?
5 - Responder ao "Saber e Fazer" da página 129.
Respostas
Resposta:
Explicação:1)As medidas inscreveram-se num momento de crise da economia portuguesa, que se devia, em linhas gerais, às vultosas despesas com a Guerra da Restauração (1640-1668), o declínio do comércio açucareiro do Brasil face à concorrência do açúcar das Antilhas, e uma baixa dos produtos portugueses (vinho, sal) no mercado internacion
2)designa um período particular de aplicação de medidas económicas mercantilistas no país, sob o reinado de Pedro II de Portugal por iniciativa de seu Ministro das Finanças
3) diminuição de importações, nomeadamente de Inglaterra, levou a que aquela nação passasse a boicotar a aquisição de vinhos portugueses, o que causou descontentamento entre a nobreza portuguesa ligada à produção vinícola, nomeadamente na região do rio Douro.
4) também referido como Tratado dos Panos e Vinhos, foi um tratado assinado entre a Inglaterra e Portugal, em 27 de Dezembro de 1703. Foram seus negociadores o embaixador extraordinário britânico John Methuen, por parte da Rainha Ana da Grã-Bretanha, e D. Manuel Teles da Silva, marquês de Alegrete.
Resposta:
Nos séculos XV e XVI, quando ocorreram as grandes viagens marítimas, os
europeus se depararam com realidades que eram bastante estranhas para eles. O oceano
era um lugar onde reinava o imprevisível, ou seja, os navegadores não tinham certeza
do que poderia acontecer, nem do que poderiam encontrar pelo caminho. As
informações que eles tinham haviam sido retiradas, em sua maioria, de livros de outros
navegadores, como por exemplo Nicollo Matteo, Marco Pólo,1
etc. Mas tais
informações eram povoadas de mitos e superstições. Assim, ao partirem para as grandes
viagens pelo oceano, os navegadores tinham em mente as informações de livros sobre
viagens e também suas próprias crenças e mitos, que desde a Antiguidade povoavam
seus pensamentos.
Essa informações míticas e supersticiosas pertenciam quase todas à tradição
grega: Ctésias de Cnido em 398 antes de Cristo, já escrevia sobre a existência de raças
fantásticas como os ciápodas que possuíam um único e grande pé, os homens peludos,
sem cabeça, e que tinham os olhos nos ombros, etc; Plínio, em 77 depois de Cristo,
também escrevia sobre os monstros e maravilhas que foram avistadas na Índia, como
seres antropófagos (que comiam carne humana), seres andrógenos (que possuíam os
dois sexos), etc.
E tais informações foram sendo adaptadas ao longo do tempo. Porém, em geral,
mantiveram-se quase sem alterações até o século XVI. Dessa forma pode-se entender o
fato de os navegadores europeus terem visto sereias, antípodas (criaturas com os pés
virados para trás), cinocéfalos (criaturas com corpo humano e cabeça de cachorro que
comiam carne humana), ciclopes (monstro caracterizado por ter um único olho no meio
da testa), e outras tantas criaturas monstruosas e maravilhosas, quando viajaram por
regiões desconhecidas.
Nessa imagem estão retratados alguns monstros que os
europeus (sobretudo os portugueses e espanhóis)
acreditavam existir. Até os séculos XV e XVI, quando
ocorreram as grandes viagens marítimas, acreditava-se
que esses monstros habitavam a região das Índias.
Porém, a medida que os navegadores foram chegando a
tais regiões e desmistificando-as, passaram a acreditar
que as criaturas monstruosas estavam em outras terras
que ainda eram desconhecidas. Dessa forma o oceano
Atlântico e o “Novo Mundo”, ou o Continente Americano,
passaram a ser o reduto onde habitavam esses
monstros.2
1 Marco Pólo, filho de um experiente navegador, partiu para o Oriente, em sua primeira grande viagem pelo mar, em
1271. Por esta ocasião ele tinha apenas dezessete anos. Passou por várias regiões orientais como Pequim,
Cambodja e Tonkin, Bagdad, etc, e chegou em Veneza, de onde havia partido em viagem, no ano de 1295. Numa
guerra entre venezianos e genoveses, Marco Pólo preparou um grupo e entrou no combate. Após ser aprisionado e
levado para Gênova, conseguiu que suas aventuras e peregrinações fossem escritas e publicadas em um livro. O
livro obteve bastante sucesso e deixou marcas profundas na história e cartografia do extremo Oriente.
2 Esta imagem foi retirada do livro de PRIORE, Mary del. Monstros e maravilhas no Brasil Colonial. In: Esquecidos
por Deus. Monstros no mundo europeu e ibero-americano (séculos XVI-XVIII). São Paulo: Companhia das Letras,
2000.
Explicação: