Um dos principais pressupostos de uma obra de arte talvez seja o fato dela sempre nos possibilitar
uma renovada e próxima experiência, um interminável recomeço. E essa experiência não pode ser
dissociada do tempo, afinal nosso contato com ela nunca acontece fora tempo e da história. Mesmo
que a gente não viva mais no período em que uma obra foi realizada, sentidos dela nunca deixam de
ser presentes. E isso acontece mesmo com trabalhos produzidos nos tempos mais remotos, pelas
culturas mais distantes, das quais temos pouca ou nenhuma informação. Talvez o que continue
presente não sejam seus sentidos, mas justamente aquilo que é percebido como falta, que será
completado pela posteridade, pela recepção e pelos artistas que ainda surgirão. Paradoxalmente, o
que falta a uma obra de arte é o que ela tem de excesso, de abertura, mas também de inacabado:
tudo aquilo que não seja a intenção inicial do artista, os significados já antecipados, estabelecidos,
aquilo que ela realiza plenamente. Esse excesso é o que não foi pensado, o que ficou por fazer e
estimula tanto outros pensamentos como a produção de outras obras. Afinal, não existe e jamais
existirá um trabalho de arte definitivo, o último. Sempre haverá o seguinte e um próximo...
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1-O que a obra de Arte pode nos possibilitar ou nos oferecer?
2-De acordo com o texto acima existe obras acabadas? Justifique a sua resposta.
3-Por que a experiência não pode ser dissociada do tempo?
4-O que é o excesso na arte?
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Resposta: LZ
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