Acordei. O trocador bateu em meu ombro dizendo que o ônibus chegava a sua última parada.
Desorientado, levantei-me ainda assustado, peguei minhas bagagens, devolvi o bilhete ao motorista e desci.
Aos poucos, entendi o que estava acontecendo. Havia escolhido o último destino daquela condução,
independente do lugar, passaria ali o meu final de semana.
Gostei da cidade. A placa indicava São Gonçalo do Amarante. Parei de frente a uma lagoa, ali dizia:
Lagoa da Prejubaca, de cara, amei o lugar. Simples e pacato, me apaixonei. Procurei uma pousada. As ruas
eram bonitas, cativantes e bem iluminadas. Aquela minha bolsa pesava, mas o sorriso de ter encontrado o
lugar ideal era visível, precisava de um lugar para descansar. Encontrei.
Logo na recepção daquela pousada, dei de cara com uma jovem bonita, morena e de cabelos
cacheados. A imagem daquela moça chamou minha atenção, vi que ela era a pessoa ideal para guiar-me.
Ela me indicou o quarto para minha hospedagem, mas não deixei de convidá-la para sair comigo naquela
noite.
Juntos, fomos visitar a Igreja Matriz, seu padroeiro: São Gonçalo. Ela me contou que foi a partir
desse padroeiro que veio o nome atual do lugar. Anacetaba foi o nome anterior da cidade, isso por
influência dos índios Anacés. A cada minuto que passava, novas descobertas surgiam. Era a cidade que
mais me chamava à atenção nessas minhas viagens pelo Brasil.
No dia seguinte era um sábado. Não deixei de convidá-la mais uma vez para sairmos. Sem hesitar,
ela aceitou o meu convite. Já estava de mãos dadas com ela, parecíamos dois turistas de fora naquela
cidade. Pegamos um táxi e fomos conhecer Taíba. As suas jangadas espalhadas pela margem da praia,
tornava aquele ambiente exótico, um aspecto ancestral. Pude ali acompanhar um projeto desenvolvido pelo
governo municipal, a 1ª Regata Rosa. A atividade mobilizava os pescadores da comunidade em prol da
prevenção do câncer de mama.
Minha felicidade era radiante, além de conhecer lugares tão belos, tinha comigo uma linda e
encantadora jovem que sabia de tudo que perguntava. Próximo destino, ela disse, Pecém. Nossa, até o
nome me chamou a atenção. Logo na estrada, víamos aquele aspecto industrial. Conheci a cultura daquele
distrito, suas manifestações folclóricas, como: a dança do coco, bumba meu boi. A admirável igreja e seus
navios ancorados na praia tornavam meu passeio perfeito. Depois do almoço em um restaurante com uma
recepção encantadora, resolvemos seguir viagem para Croatá. A BR 222 levava para aquele lugar pacato, o
desenvolvimento e a economia para muitos moradores.
Fomos conhecer então o sertão da cidade, depois de tantas praias e lugares belos. Cágado seria o
nosso próximo destino, precisávamos ir logo enquanto não anoitecia. Uma fábrica de cana de açúcar nos
deu a recepção, percebi que aquela indústria movimentava a economia daquele lugar. Nunca vi um povo
tão feliz como aqueles que moravam naquela comunidade.
Nosso passeio por toda a cidade chegara ao fim. Voltamos para a sede. Paguei ao chofer daquele
transporte, que até então havia me contado tantas lorotas durante aquelas viagens que minha alegria era
enorme.
Precisava de coragem, pois estava com aquela jovem há tempos e não havia pedido sequer um
beijo. Ela demonstrava consideração por mim, já que juntos fomos a tantos lugares daquela cidade. Ela
sorriu para mim enquanto voltávamos para a pousada. Fiquei emudecido, estava nervoso, mas criei
coragem e lhe pedi um beijo. Ela sorriu mais uma vez para mim e disse que sim. Finalmente nós nos
beijamos de frente a lagoa da Prejubaca. O beijo foi tão forte que até hoje somos casados.leia o texto e responde 1ª) Qual o gênero textual?
Gênero: ___________________________________
Respostas
respondido por:
10
Resposta:
Crônica.
Explicação:
Crônica é o tipo de texto que aborda acontecimentos do dia a dia de uma forma diferenciada. Muito encontrada nos meios de comunicação como revistas, jornais e rádios, tem como objetivo fazer uma análise crítica das situações cotidianas, possibilitando ao leitor uma reflexão sobre aquele assunto. Com uma linguagem simples, a crônica relata de forma diferenciada as ocorrências, seja de forma artística, em tom crítico ou com humor.
(Espero ter ajudado)!
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