A República Oligárquica (1894-1930) foi marcada no Brasil pelo controle político exercido sobre o governo federal, pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira, na conhecida “política do café com leite”. Foi nesse período, ainda, que se desenvolveu mais fortemente o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do país. Nesse período de domínio dos fazendeiros, ocorreram conflitos sociais, entre os quais destacamos:
a) a Revolta de Juazeiro (1911), em que o Padre Cícero liderou jagunços e cangaceiros contra os coronéis que cometiam abusos contra os camponeses no sertão do Ceará.
b) a Revolta da Vacina (1903), que envolveu somente a elite carioca, rebelada por causa da obrigatoriedade da vacina, decretada pelo Ministro Osvaldo Cruz.
c) a Revolta da Chibata (1910), que envolveu oficiais do Exército, os quais se negavam a continuar castigando seus subordinados com chicotes e prisões desnecessárias.
d) a Guerra de Canudos (1897), um conflito marcado pelo fanatismo messiânico, que também envolvia questões relativas à miséria dos camponeses do interior do Nordeste.
"... os senhores das classes dominantes e seus porta-vozes recusavam-se a acreditar na realidade: milhares de párias do campo armados em defesa da própria sobrevivência, em luta, ainda que espontânea, não consciente, contra a monstruosa e secular opressão latifundiária e semifeudal, violando abertamente o mais sagrado de todos os privilégios estabelecidos desde o começo da colonização europeia do Brasil - o monopólio da terra nas mãos de uma minoria a explorar a imensa maioria."
Respostas
Resposta:
D) a Guerra de Canudos (1897), um conflito marcado pelo fanatismo messiânico, que também envolvia questões relativas à miséria dos camponeses do interior do Nordeste.
Explicação:
A chamada Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil.
O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social em que encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, situação essa agravada pela ocorrência de secas cíclicas, de desemprego crônico; pela crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social