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Resposta:
A maioria dos psicólogos adota práticas tradicionais como: a avaliação psicológica, o atendimento ao aluno e a orientação profissional.
Concordamos com Tanamachi e Meira (2003, p. 11) quando afirmam: "o que define um psicólogo escolar não é o seu local de trabalho, mas o seu compromisso teórico e prático com as questões da escola". No tocante ao ensino particular, o psicólogo encontra-se numa realidade diferenciada, cujas contradições sociais se revelam na própria origem da escola particular no Brasil, marcada por interesses político-ideológicos, nos quais se evidencia claramente a orientação liberal que privilegia as classes mais favorecidas, conforme afirma Buffa (1979). A autora esclarece que o desenvolvimento da escola particular teve como contexto histórico a consolidação do desenvolvimento industrial no país, que entendia a educação como um "processo de adaptação às relações capitalistas de produção, adaptação essa que assegura aos filhos da classe dominante as vantagens e privilégios de sua classe e adapta os filhos da classe dominada às condições de exploração a que são submetidos" (Buffa, 1979, p. 98). Sob este aspecto, para além da competência técnica, o psicólogo precisa investir-se de compromisso político e estar atento aos limites éticos de sua atuação, tendo em vista as várias concepções de educação, interesses e ideologias que atravessam os indivíduos e as instituições.