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Etapas dos procedimentos de cateterismo vesical de demora masculino e feminino
As etapas 1 a 19, bem como de 33 a 41 são comuns nos procedimentos, independente do sexo do paciente.
1) Higienizar as mãos
2) Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente
3) Reunir o material necessário e transportá-lo até o paciente
4) Encaminhar o paciente ao banheiro para que a higiene íntima seja feita com água e sabonete. Caso o paciente esteja acamado, realizar a higiene íntima no leito.
5) Proteger a unidade do paciente com biombos
6) Posicionar o paciente e expor adequadamente somente a região perineal
7) Higienizar as mãos
8) Desinfectar as ampolas de água destilada com álcool a 70%, deixá-las sobre a mesa de cabeceira
9) Colocar o pacote estéril de cateterismo vesical sobre o colchão, entre as pernas do paciente
10) Abrir o pacote de cateterismo próximo à região exposta utilizando técnica asséptica
11) Abrir a embalagem do cateter vesical, da seringa de 20mL, do pacote de gazes, do gel lubrificante hidrossolúvel com seringa aplicadora, da bolsa coletora e do campo fenestrado (opcional), colocando-os no campo estéril
12) Umedecer as bolas de algodão, que estão na cuba redonda, com solução aquosa de PVPI ou Clorexidina 2%, desprezando o primeiro jato no lixo
13) Calçar a luva estéril em uma das mãos
14) Com a mão não enluvada, pegar a ampola de água destilada e com a mão enluvada pegar a seringa de 20mL que está no campo e aspirar seu conteúdo
15) Calçar a luva na outra mão
16) Testar o balonete do cateter injetando o volume de água destilada necessária de acordo com a recomendação do fabricante. Se o balonete inflar como pretendido, retirar o líquido e manter a seringa conectada ao cateter.
Observação: há cateteres que não precisam ser pré-testados, pois são testados durante sua fabricação. Leia e siga a recomendação do fabricante que consta na embalagem!
17) Conectar o cateter ao coletor (sistema de drenagem fechado)
18) Verificar se o tubo de drenagem da bolsa coletora está fechado
19) Desdobrar o campo fenestrado com a abertura para baixo e colocar sobre o períneo do paciente
As etapas 20 a 32 estão descritas em função do sexo do paciente.
33) Posicionar a bolsa coletora na parte inferior da cama do mesmo lado em que foi fixada a sonda vesical, abaixo do nível da bexiga.
34) Observar o volume drenado e as características da urina
35) Recolher o material e colocá-lo na bandeja
36) Retirar as luvas
37) Identificar a bolsa coletora com data, hora, nº da sonda utilizada, volume injetado no balão e nome do profissional
38) Reposicionar o paciente
39) Desprezar o material em sala de materiais contaminados
40) Higienizar as mãos
41) Registrar o procedimento realizado, quantidade e características da urina, nº do cateter utilizado, volume do balão e intercorrências (se houver)
É um procedimento estéril que consiste na introdução de uma sonda até a bexiga, através da uretra, com a finalidade de facilitar a drenagem da urina ou inserir medicação ou líquido, com tempo de permanência longo (pode variar de dias a meses), determinado pelo médico.
1. Realizar higiene íntima na paciente, exceto se ela já tiver tomado banho. Posicioná-la confortavelmente e preservar sua privacidade, fechando o quarto ou utilizando biombos.
2. Colocar o recipiente para os resíduos em local acessível.
3. Calçar luva de procedimento para avaliar trauma uretral, considerando a necessidade de tricotomia prévia.
4. Descartar as luvas de procedimento e lavar as mãos conforme o protocolo.
5. Abrir a bandeja de cateterismo usando a técnica asséptica.
6. Colocar a paciente em posição de decúbito dorsal: os joelhos flexionados, os pés sobre o leito mantendo os joelhos afastados (posição ginecológica).
7. Calçar as luvas estéreis e, a seguir sob o campo estéril, deve-se fazer o teste para avaliar a integridade do balão da sonda, insuflando-se ar com a seringa e desinsuflando em seguida.
8. Separar, com uma das mãos, os pequenos lábios de modo que o meato uretral seja visualizado; mantendo-os afastados, até que o cateterismo termine. Atentar para o ponto que a mão que toca a genitália não tocará na sonda.
9. Realizar antissepsia da região perineal, com movimentos únicos, utilizando gaze estéril embebida com clorehexidina ou iodopolividona, não alcoólicos, estéril e o auxílio da pinça Cheron: primeiro, horizontalmente, do meato até o monte de Vênus. A seguir, verticalmente do meato até final da comissura labial posterior, inicialmente sobre grandes lábios, após entre grandes e pequenos lábios. Por último, em movimentos circulares sobre o meato, de dentro para fora.
10. Após antissepsia, proceder a colocação de campo fenestrado estéril e novo afastamento dos grandes lábios. As etapas seguintes são a aplicação do anestésico, no meato, situado abaixo do clitóris, na linha média, e a sondagem vesical.
11. Ainda sob o campo estéril, conectar a sonda vesical com o sistema de coletor para então lubrificar bem a sonda com o anestésico tópico prescrito.
Leia mais: Cateter vesical de demora: justificativa para inserção e manutenção
12. Introduzir a sonda pré-conectada a um coletor de drenagem de sistema fechado, bem lubrificada por 5 cm a 7 cm no meato uretral, utilizando técnica asséptica estrita. Quando a urina não aparecer, verificar se a sonda não está na vagina. Se erroneamente posicionada, deixar a sonda na vagina como um marco indicando onde não inserir e introduzir outra sonda.
13. Insuflar o balonete com água destilada (aproximadamente 10 ml), certificando-se de que a sonda está drenando adequadamente.
14. Tracionar suavemente a sonda até sentir resistência.
15. Fixar a sonda de demora, prendendo-a juntamente com o equipo de drenagem, na face interna da coxa com esparadrapo do tipo antialérgico.