5. “A liberdade pouco valia para o indivíduo
pobre que o mundo da produção e os
aparelhos de poder esmagavam sem
trégua, e no entanto ele era homem livre
numa sociedade escravista. A formulação
dessa inutilidade justificava o sistema
escravista, e o atributo da vadiagem
passava a englobar toda uma camada
social, desclassificando-a: no meio fluido
dos homens livres pobres, todos passavam
a ser vadios para a ótica dominante. Vadios
e inúteis, era como se não existissem,
como se o país não tivesse povo – pois,
cativo, o escravo não era cidadão. E assim
inexistindo ou sendo identificado à
animalidade, o homem livre pobre
permaneceu esquecido através dos
séculos.”
(Adaptado de SOUZA, Laura de Mello e.
Desclassificados do Ouro. Rio de Janeiro: Graal,
1986. p. 222.)
Laura de Mello e Souza discutiu em sua
obra o homem livre, geralmente miserável,
que vivia numa sociedade escravista, que é
apresentado como desclassificado, porque:
a) mesmo sendo homens livres, porém sem
posses, título ou trabalho definido, eram
considerados como vadios pela camada
dominante e acabavam sem uma
localização definitiva na sociedade,
fadados ao esquecimento.
b) constituíam um grupo incômodo para a
elite política, já que circulavam pelas
cidades, levando ideias subversivas e
ameaçando a ordem estabelecida.
c) dentro de uma sociedade escravista, que
negava a contratação de homens sob
pagamento de salários, tornavam-se
completamente inúteis e, sem serventia
aos líderes da sociedade, eram expulsos
das cidades.
d) eram homens pobres e relegados à
marginalização pelo preconceito, já que
não existia trabalho para homens livres na
sociedade colonial impondo concorrência
legítima com o próprio cativo para ser
cidadão.
Respostas
respondido por:
1
Resposta: A
Explicação: é a resposta mais adequada ao título.
Perguntas similares
5 anos atrás
5 anos atrás
5 anos atrás
7 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás