Question

O trecho reproduzido a seguir foi extraído de um livro que aborda a figura do negro no futebol brasileiro. O trecho transcrito traça um paralelo entre dois clubes cariocas do início do século XX: o Bangu e o Andaraí.

Também o Andaraí não era o Bangu. O Bangu, clube da fábrica, o Andaraí, clube de fábrica.

Parece pequena essa diferença de uma letra, entre um de e um a. O Bangu era um prolongamento da Companhia Progresso Industrial do Brasil. A fábrica se disfarçando em clube.

[...]

A Fábrica Cruzeiro, da América Fabril, não querendo se confundir com o clube. Ajudava, interessava-se pela vida dele, mas preferindo não ser a fábrica, tomando a forma de um Afonso Bebiano, de um comendador Alfredo Coelho da Rocha. Não era a fábrica que dava o campo. Era o velho Coelho da Rocha, a pedido de Afonso Bebiano. A fábrica nada tinha a ver com isso, embora fosse dos Bebianos, dos Coelhos da Rocha, dos Mendes Campos.

No texto, ao lado do tema central, ocorre uma digressão gramatical, exemplar para ilustrar um dos papéis do artigo. É correto afirmar que

A- na expressão “clube da fábrica”, o artigo a (de + a) associa o clube especificamente à fábrica que reconhecidamente o tem como seu, sem disfarce.

B-na expressão “clube de fábrica”, a ausência do artigo indica algo indeterminado e não vincula o clube de futebol à fábrica por medo de dar vexame.

C- a diferença marcante entre dois clubes é que um tinha dono; o outro, só cartola corrupto.

D- ambos os clubes eram propriedade de cada uma das fábricas respectivamente; a diferença é que o Bangu, usando a expressão clube da fábrica, discrimina o seu adversário.

E- o Andaraí não podia usar a expressão clube da fábrica porque os Bebianos, os Coelhos da Rocha e os Mendes Campos nada tinham a ver com isso.

Answer 1

Resposta:

a

Explicação:

porque um decreto foi feito

Answer 2

Resposta:

A

Explicação: o artigo A quando unido ao DE, mostra exatamente o que os "donos" o clube queriam esconder, que por trás do clube e das pessoas que o ajudavam estava a fábrica