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Entre os tristes acontecimentos que marcaram época na história da humanidade temos a destacar a Peste Negra ou Peste Bubônica que foi uma pandemia, isto é, a proliferação generalizada de uma doença causada pelo bacilo Yersinia Pestis, que se deu na segunda metade do século XIV na Europa e que dizimou nada menos que um terço da população daquele rico continente.
Coisa inimaginável se ocorresse nas mesmas proporções nos dias atuais, século XXI. Naquela época, a tecnologia engatinhava. Patinhava em terrenos lodosos, não havia meios de comunicação, todos viviam isolados, enclausurados dentro de si mesmos. Por isso o debacle foi quase total. Considerando que a população de Terra, hoje, gira em torno de 7 bilhões de pessoas e, trabalhando com a mesma proporção, se o coronavírus não fosse dominado, teríamos só no Brasil algo em torno de 70 milhões de mortes, e no mundo todo 2,5 bilhões de mortes.
Pode-se assim termos uma ideia da catástrofe que foi a Peste Negra. Hoje nos deparamos com um fato semelhante mas não proporcional. O surto de Covid-19, que vivemos na atualidade, não é algo novo na humanidade, faz antes parte dos nossos ciclos. Contudo, mesmo com toda a tecnologia disponível, compreendemos que podemos falhar, que não conseguimos salvar todos ou travar a epidemia com a eficácia com que gostaríamos.
Em suma, a maior diferença entre a Peste Negra e a Covid-19 é a letalidade, sem considerar que no século 4 as tecnologias medicinais eram inexistentes, aumentando drasticamente a letalidade da Peste Negra e o índice de contágio, felizmente o novo coronavírus não nos encontrou a 2 mil anos atrás, com todo o nosso aparato médico que possuímos hoje em dia, uma pandemia pode ser controlada, mesmo que isso requeira alguns meses, diferentemente da Peste Negra que não possuía nenhum controle de contágio, como barreiras sanitárias e métodos de prevenção individual.