• Matéria: Geografia
  • Autor: Mirian35898
  • Perguntado 6 anos atrás

Comente sobre o período da escravidão entre 1802 e 1870

Respostas

respondido por: paolocarlos669
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Resposta:

1802 Napoleão legaliza de novo a instituição que ainda aguentaria meio século. Cá e lá.

Há uma dinâmica interna no velho liberalismo econômico que, levando às últimas consequências a vontade de autonomia do cidadão-proprietário, se insurge contra qualquer tipo de restrição jurídica à sua esfera de iniciativa.

A doutrina do laissez-faire data da segunda metade do século XVIII, com o advento da hegemonia burguesa, que assestou um golpe de morte nas corporações de ofícios e nos privilégios estamentais. Mas há também um uso colonial-escravista dos princípios ortodoxos; uso que, em retrospectiva, nos pode parecer abusivo ou cínico, mas que serviu cabalmente à lógica dos traficantes e dos senhores rurais.

Em 1870, dizia-se na Assembleia Legislativa de São Paulo, que esta era a Província que menos deveria recear a diminuição de braços, pois aí estavam se concentrando todos os escravos do Norte do Império. Nessa ocasião, Paulo Egydio defendia a legitimidade do comércio de escravos, considerando-o 'urna indústria muito legítima e consagrada entre nós'. Manifestava-se contra a restrição dessa liberdade pela sobrecarga de impostos: meia sisa, impostos imperiais e municipais, gravando as vendas

A abolição que, para as províncias do Norte e Nordeste e para os profissionais urbanos, poderia vir sem maiores traumas, não interessava ainda aos fazendeiros de São Paulo que apenas esboçavam os seus projetos de migração. Um dado de fato: até 1880 o governo provincial de São Paulo nada gastou com a vinda de braços europeus. Para os bandeirantes do café a ideologia conveniente parecia ainda ser a "beatitude fisiocrática" que já irritava os primeiros defensores sistemáticos da indústria nacional. Estes, citando exemplos franceses e yankees, lutavam por uma política protecionista que escorasse a nascente indústria. Mas em vão. O café mantinha a primazia absoluta. A Associação Industrial clamava pela "proteção regeneradora das Leis do Estado, sem a qual elas irremediavelmente tombarão no abismo em que já se tem afundado muitas das suas irmãs

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