DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
1)Na primeira estrofe, o eu lírico compara o ato de fazer versos ao pranto. Por meio dessa comparação pode-se deduzir o motivo
que o leva a escrever. Que motivo é esse?
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Resposta:
Manuel Bandeira escreva com a alma, portanto, logo diz que quem não tem sede de entendê-lo, abandone a leitura.
Ele diz que derrama em cada verso um sentimento do seu mais profundo de ser.
Ele se entrega ao poema de corpo e alma, ou como ele próprio diz: "como quem morre".
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