Respostas
1ª estrofe:
Eu presto atenção no que eles dizem
mas eles não dizem nada
Fidel e Pinochet tiram sarro de você
que não faz nada
Começo a achar normal que algum bossal
atire bombas na embaixada
A Música começa com uma conclusão. Em seguida, duas figuras históricas, Fidel e Pinochet (a propósito, ditadores), tiram sarro. Um, socialista, levou Cuba a um momento único como país, enquanto o outro, capitalista, literalmente bombardeou seu antecessor, num golpe militar. Finalizando essa primeira estrofe, um excesso de violência passa a ser considerado normal.
Refrão:
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Quero esquecer essas desgraças. Talvez você passe por aqui. Quem será esse você? Será a ignorância, a alienação? Realmente, precisamos esquecer tudo o que vimos?
2ª estrofe:
Toda forma de poder
é uma forma de morrer por nada
Toda forma de conduta
se transforma numa luta armada
A história se repete
mas a força deixa a estória mal contada
Aqui está o “tchans” da música. Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada. Há um descrédito nas formas de governo e, ao que tudo indica, uma veia anarquista aqui. Em seguida, uma crítica aos combates armados. Final da guerra fria, só se via como opção para mudar o mundo, a luta armada. O último comentário é bem pertinente. Será que já não aconteceu algo parecido? Teve alguma coisa que parece artificial nessa estória?
3ª estrofe:
O fascismo é fascinante
deixa a gente ignorante e fascinada
É tão fácil ir adiante
e esquecer que a coisa toda tá errada
Eu presto atenção no que eles dizem
mas eles não dizem nada
Uma opção aos governos seria o fascismo, claro. Mas… bem, regimes totalitários não são exatamente a saída. Essa última estrofe é um comentário sobre o refrão. É tão fácil esquecer o passado e tocar em frente… Parece outra história que vai ser mal contada. A música acaba com a mesma frase que a abriu. Eles não dizem nada. Tem alguém que diga?