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Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio. Quando um desses gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio.
Destruição da camada de ozônio pelos CFCs
Os Clorofluorcarbonetos, também comumente chamados de CFCs, são haletos orgânicos formados, como o próprio nome diz, por cloro, flúor e carbono. Esses compostos também são conhecidos como freons. Os mais comuns desse grupo são o triclorofluormetano (CCl3F) e o dicloro-difluormetano (CCl2F2).
Na década de 1970, descobriu-se que o grande responsável pela destruição da camada de ozônio era o uso desses fréons em refrigeradores - esses compostos estão presentes também em produtos tipo spray e em ares-condicionados. Até então eles eram considerados inertes. No entanto, os químicos Mário J. Molina (mexicano) e F. Sherwood Rowland (americano) relataram pela primeira vez, em 1974, que o ozônio (O3) poderia ser destruído pelos CFCs.
A reação de degradação do ozônio ocorre primeiro pela decomposição das moléculas de CFCs por meio da radiação solar na estratosfera:
CH3Cl (g) → CH3 (g) + Cl(g)
Em seguida, os átomos de cloro liberados reagem com o ozônio, conforme a equação a seguir:
Cl(g) + O3 → ClO(g) + O2 (g)
Desse modo, os átomos de cloro terão um efeito devastador, pois esse ClO formado reagirá novamente com os átomos livres de oxigênio, formando mais átomos de cloro, que reagirão com o oxigênio e assim por diante.
ClO(g) + O (g) → Cl(g) + O2 (g)
Esse efeito é destruidor porque areação dos átomos de cloro com o ozônio ocorre 1500 vezes mais rápido que a reação abaixo, em que os próprios átomos livres de oxigênio presentes na atmosfera decompõem o ozônio.
O(g) + O3(g) → O2 (g) + O2 (g)
Assim, um simples átomo de cloro pode destruir cerca de um milhão de moléculas de ozônio, levando ainda em consideração o fato de que os CFCs permanecem na troposfera por aproximadamente 100 anos.
Por isso, em 1987, representantes dos maiores produtores de CFCs se reuniram em Montreal e assinaram um acordo de gradativamente substituí-los por substâncias que não agridem a camada de ozônio.
Entretanto, além de ser um processo demorado, as substâncias que foram desenvolvidas para substituir os freons (hidroclorofluorcarbonetos e hidrofluorcarbonetos) contribuem para o aquecimento global.
Assim, resta-nos esperar mais pesquisas nessa área para que se desenvolvam substâncias inofensivas à camada de ozônio e à natureza. Além disso, devemos fazer a nossa parte, evitando sprays que contenham CFCs como gases propelentes.