• Matéria: História
  • Autor: emily2943
  • Perguntado 6 anos atrás

fale sobre a modernização de são Paulo no início do século xx​


emily2943: vc não deve falar isso com vc mesmo vai te fazer mal
Anônimo: vou fazer minha janta, já volto tá?
Anônimo: vou fazer uma lasanha
emily2943: não se preocupar vou fazer minha atividade
emily2943: o q bomm ksksksk
Anônimo: sou cozinheiro
Anônimo: dps nois se fala
Anônimo: bjs
emily2943: ta tchau bom apetite!!!
Anônimo: bom dever, rsrsrsrs

Respostas

respondido por: edmaster
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Resposta:

Durante mais de quinhentos anos, a legislação urbanística no Brasil baseou-se nos Códigos de Posturas de origem colonial. Somente a partir de 1920, surgiram códigos de obras leis de zoneamento urbano, explica o arquiteto e urbanista Luiz de Pinedo Quinto Júnior. A lógica da reforma urbanística e sua relação com a legislação do início do século XX foram decorrentes da criação, pelo Estado, de leis específicas para cada projeto de reforma e saneamento das cidades portuárias. O mesmo valeu para a concessão para os serviços públicos de transporte, energia e saneamento. No século XIX, autorizações específicas para obras foram dadas à empresas privadas: Guinle e Gaffré, por exemplo obtiveram, por 90 anos, a concessão da Companhia Docas de Santos para administrar operações nos portos e cuidar de melhorias urbanísticas no seu entorno. Porém, as iniciativas reformadoras esbarraram na colcha de retalhos que até então, era a cidade: um emaranhado de ruas onde se misturavam casas de comércio e habitações luxuosas, cortiços ou casas de cômodos.

Porto de Santos, cerca de 1880. Foto: Marc Ferrez / Acervo IMS.

Porto de Santos, cerca de 1880. Foto: Marc Ferrez / Acervo IMS.

Enquanto nas capitais europeias, a agenda das autoridades se voltava para políticas públicas, capazes de contemplar todos os moradores da cidade, entre nós, a divisão entre incluídos e excluídos iria se acentuar. Havia os proprietários e rentistas e os moradores de cortiço, de loteamentos clandestinos ou de favelas. Já era visível o que Lima Barreto distinguia entre “cidade européia e indígena”, e mais tarde, o jornalista Zuenir Ventura chamaria de “Cidade Partida”. Thiago de Mello descreveu as diferenças, com sensibilidade:

“Adolescente, sentado sozinho no entardecer da beira do igarapé de Manaus, eu ficava cismando, olhando os catraieiros transportando para lá do lado dos Educandos os operários da serraria. Eu me perguntava por que é que havia tanta diferença na vida das pessoas. Por que havia gente tão rica, que morava em palacetes e tinha tudo, enquanto gente, que trabalhava o dia inteiro, vivia pobremente em casas cheias só de redes e de crianças?”.

Ao longo das primeiras décadas do século XX, o êxodo rural, a industrialização e a ocupação de novos espaços por muito ricos – como se deu em São Paulo, por exemplo, na Avenida Paulista ou Higienópolis – garantiram a tradicional divisão, pois as medidas urbanizadoras incluíram colocar abaixo as chamadas “cabeças de porco”, os cortiços, os solares decadentes e as estalagens. Os higienistas ansiavam por curar as cidades de suas “patologias sanitárias, sociais e espaciais”. Mas, se esses derrubavam sobrados velhos, nos grandes centros, seus moradores subiam os morros e erguiam “favelas”. Uma que marcou época foi a do Morro da Providência, cujas casinholas foram erguidas com paus e pedras remanescentes do célebre cortiço, Cabeça de Porco, no Rio de Janeiro.

1920 - Avenida Higienópolis. Foto: Guilherme Gaensly. Acervo IMS.  

1920 - Avenida Higienópolis. Foto: Guilherme Gaensly. Acervo IMS.

É importante saber que, desde o fim do período colonial até o final o século XIX, o índice de urbanização pouco se alterou no Brasil. Entre os anos de 1890 e 1920, seu crescimento foi de aproximadamente 3% e, somente no período entre 1920 e 1940, o Brasil viu sua taxa de urbanização triplicar, chegando a 31,24%. A implantação de indústrias, as mudanças na forma de vida e de consumo, a possibilidade de mobilidade social atraía mais e mais pessoas para as cidades. Cresciam as camadas populares. Em 1901, no estado de São Paulo existiam cerca de 50.000 operários. Muitas indústrias, empresas e companhias ferroviárias seguiam o modelo inglês de criação de “cidades operárias” próximas ao trabalho. Eram habitações salubres e baratas. No Rio de Janeiro, moradores do subúrbio perfaziam 18% da população.

Como sublinha a arquiteta Hermínia Maricato, o Brasil se urbanizava de maneira e intensidade diferente em cada cidade – o que é confirmado pelos memorialistas. Mas, grosso modo, as reformas urbanas, realizadas em diversas cidades brasileiras entre o final do século XIX e início do século XX, lançaram as bases de um urbanismo que pouco tinha de moderno: realizavam-se tímidas obras de saneamento básico para eliminação das epidemias, promovia-se o embelezamento paisagístico das áreas centrais e implantavam-se as bases de um mercado imobiliário. Mas, a população carente era empurrada para as margens, morros e franjas da cidade.

Explicação:

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