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Os maias formavam uma civilização que foi desenvolvida na região conhecida como Mesoamérica e que ficava localizada na América Central, em sua maior parte, e América do Norte, apenas em parte do território em que hoje está localizado o México.
civilização maia teve seus principais centros localizados na Guatemala e no México, mas vestígios dessa civilização também foram encontrados em El Salvador, Belize, Honduras etc.
Esse povo acreditava que os acontecimentos do mundo natural eram regidos por forças espirituais e pelo poder dos ancestrais.
As cavernas, por exemplo, eram enxergadas como portas para o mundo sobrenatural e eram lugares nos quais uma série de rituais eram realizados.
Dentro da religião maia, julgava-se que os sacrifícios humanos eram importantes para garantir que os deuses estivessem satisfeitos e garantissem o funcionamento do universo.
Saunders afirma que os governantes dessa sociedade organizavam milícias com o propósito único de aprisionar grandes guerreiros de cidades vizinhas para sacrificá-los|1|.
Os sacrifícios aconteciam em rituais bastante violentos e as formas mais comuns de sacrifícios eram a decapitação e a retirada do coração enquanto a pessoa estivesse viva.
Uma das bebidas alucinógenas era o balche, composta por bebida alcoólica feita de mel, cascas de árvore e cogumelos alucinógenos|2|.
Sociedade e cultura Os maias possuíam uma sociedade hierarquizada, isto é, dividida em grupos sociais muito bem definidos, cada qual com funções distintas.
O grupo mais numeroso da sociedade era dos camponeses, os responsáveis pela agricultura e pelo abastecimento de sua cidade.
Os maias enxergavam o mundo como um local que funcionava de maneira cíclica, isto é, em ciclos de fases que iriam repetir para sempre.
Dentro dessa visão, possuíam um sistema duplo de calendário em que um era composto por 365 dias (chamado Haab) e outro era composto por 260 (era chamado de Tzolkin).
Os maias nunca formaram um império propriamente dito, como os incas e astecas, porque sua organização política era baseada na ideia de cidades-estado.
Ou seja, cada cidade era uma entidade administrativa independente, com autoridades próprias e fronteiras que eram estabelecidas pelos limites da própria cidade.
As cidades-estado maias praticavam o comércio entre si, mas os historiadores e arqueólogos também provaram que elas travavam guerras entre si.
Como já exposto, o rei chamado pelos maias de ajaw, era a autoridade máxima da cidade e era tido pelos súditos como uma manifestação dos deuses.
Apesar dessa linhagem patrilinear, o trono poderia ser ocupado por uma mulher nas seguintes situações: quando o rei nomeado não tivesse a idade suficiente ou se estivesse lutando na guerra.
As citadas milícias formadas pelo rei para aprisionar guerreiros de cidades vizinhas para sacrificá-los visavam, principalmente, a guerreiros de alto nível e a governantes.
Isso porque capturar guerreiros conhecidos de outras cidades traziam grande prestígio para o rei responsável pela captura.
Os motivos dessa decadência são estudados ainda pelos historiadores, que apontam atualmente como principais causas: a falta de alimentos resultante da superpopulação e do esgotamento da terra, desastres naturais, doenças, além das guerras.
Com isso, grande parte das cidades maias foram abandonadas e, quando os europeus chegaram à Mesoamérica, encontraram essas cidades total ou parcialmente vazias.