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Após a morte de Maomé houve uma disputa interna pelo poder dentro do Império Islâmico, cujas conseqüências podem ser percebidas até os dias de hoje.
Maomé era considerado não só um Profeta, mas como “figura de Estado” do Califado Islâmico – o Estado que havia se formado após a unificação das tribos árabes sob a religião islâmica -, de modo que era um homem com ampla autoridade religiosa e política.
Como o Califado Islâmico era uma teocracia, governo e autoridade religiosa se confundiam, de modo que os muçulmanos dividiram-se em dois “partidos” após a morte de Maomé: aqueles que defendiam que Ali Abu Talib como legítimo sucessor, que hoje recebem o nome de xiitas, e aqueles que acreditam que o sucessor deveria ser escolhido através de um processo democrático, pelos próprios muçulmanos, e que hoje recebem o nome de sunitas.