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As teorias evolucionistas apresentam como ponto principal a defesa de que os organismos do planeta sofrem modificações ao longo do tempo, não sendo, portanto, imutáveis.
bons estudos!!!!!!!!!!!!!
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Teoria evolucionista de Lamarck
Lamarck foi um naturalista francês que desenvolveu um longo trabalho de observação de moluscos e estabeleceu a primeira teoria evolucionista, assentada em duas compreensões principais, que seriam as leis da evolução:
Lei do uso e do desuso: quando um ser vivo usa um órgão mais do que os outros órgãos, este órgão se desenvolve mais do que os outros. Ou seja, ao longo do tempo, órgãos úteis se desenvolvem, enquanto os demais deixam de ser funcionais (desuso).
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: como consequência da primeira lei, Lamarck defendia que uma vez que um órgão era mais usado que outros, isto se tornava uma característica da espécie, passada de geração em geração.
Para quem já está por dentro deste assunto, é possível perceber que a teoria de Lamarck está errada, mas não completamente, principalmente porque foi a primeira a perceber que os seres vivos evoluíam com o passar das gerações.
Teoria evolucionista de Darwin
Pouco depois de Lamarck, Charles Darwin deu um passo muito mais profundo e certeiro para comprovar a teoria evolucionista, a partir da observação e comparação de fósseis, percebendo alguns pontos fundamentais:
Fósseis de uma mesma espécie apresentavam pequenas diferenças entre si;
Fósseis de animais extintos tinham semelhanças com espécies diferentes, ainda vivas.
Destas observações, Darwin estabeleceu suas principais hipóteses, sobre as quais falaremos a seguir.
Seleção natural e adaptação
Para entender o que é seleção natural segundo a teoria evolucionista, é preciso lembrar que a noção de “seleção artificial” já existia no século XIX. Basta que você pense nos cachorros.
Ao longo do tempo, nós incentivamos o cruzamento entre raças diferentes de cachorros, porque queríamos obter resultados específicos, como animais mais fortes, mais ágeis ou mais inteligentes.
A seleção natural seria um processo similar, mas que ocorreria aleatoriamente, na própria natureza, sendo que as pequenas diferenças entre os seres de uma mesma espécie fariam com que alguns indivíduos fossem mais aptos a sobreviver.
Ou seja, a longo prazo, sobreviveriam apenas os indivíduos de uma determinada espécie, que possuíssem aquelas pequenas diferenças que lhes davam alguma vantagem.
Podia ser uma pelagem um pouco mais grossa, um bico um pouco mais comprido ou qualquer outro detalhe.
Com o tempo, estes indivíduos mais bem adaptados se tornavam mais numerosos porque tinham mais chances de procriar, com seus filhos herdando as mesmas características, até que se tornassem dominantes, dando origem à uma nova espécie.
Esta é a forma como a teoria evolucionista explica a adaptação das espécies, ou seja, a seleção natural favorece a sobrevivência dos mais adaptados ao ambiente, até que as suas características se tornem dominantes.
Teoria evolucionista: neodarwinismo
Estrutura do DNA
As teorias evolucionistas de Darwin estavam muito próximas da realidade, mas eram incapazes de explicar a origem daquelas pequenas diferenças, por exemplo.
Esta explicação só se tornou possível com os avanços mais recentes na área da genética, quando descobrimos o funcionamento da reprodução dos seres vivos, especialmente, através da descoberta da possibilidade de “erros” durante a formação das células.
Isso deu origem ao chamado “neodarwinismo”, ou Teoria Sintética da Evolução, explicando que uma mutação (um bico ou pelo mais longo) é resultado de um destes “erros” que, uma vez estabelecidos em um código genético, passam para a geração seguinte (filhos e netos).
Resumindo, dentro de uma espécie de gorilas por exemplo, cada indivíduo tem um código genético muito parecido com os demais membros da espécie, mas com pequenas diferenças (ou “erros”).
Dependendo das condições do ambiente em que aquela espécie vive, alguns destes “erros” conferem uma vantagem a certos indivíduos da espécie.
Digamos que alguns gorilas nasçam com uma pelagem muito mais espessa do que o normal da espécie, enquanto uma glaciação (frio intenso) atinge sua região durante milênios. A pelagem mais grossa, neste caso, seria uma vantagem para a sobrevivência.
Como estamos falando de um longo período, apenas filhotes com o mesmo “erro” genético teriam uma chance razoável de sobreviver e a espécie inteira se transformaria aos poucos, até que a pelagem grossa se tornasse padrão.
Sendo assim, podemos dizer que a teoria evolucionista se tornou mais completa com as descobertas da genética, que preencheram muitas das lacunas deixadas por Darwin.
Eu espero que eu tenha ajudado