1-Por que o autor atribui estar na moda a "negar minha identidade" ? você concorda com essa afirmação
2-É possovel estabelecer relações entre o conteúdo do poema e a atuação das impressa transnacionais e multinacionais nós territorios dos diferentes países? Explique como isso se efetiva.
Respostas
Essa resposta sim está correta
R=ambas os tipos de empresas utilizam etiquetas e divulgam seus nomes em cartazes, roupas objetos em geral.
Espero ter ajudado.
1- Para o autor, seguir a moda é negar a própria identidade, pois é algo imposto pelas grandes empresas, localizadas em países que exercem centralidade hegemônica por serem mais ricos.
2- Sim, pois o autor do poema está chamando atenção diretamente para a forma com a qual empresas multinacionais adentram em diferentes países, impondo novas culturas e códigos através de propaganda, suprimindo a cultura local.
A moda como instrumento do capitalismo internacional
A vestimenta ultrapassa apenas a necessidade do ser humano de se proteger do frio ou das impurezas do mundo exterior. É uma forma de se apresentar ao mundo, de seguir questões culturais. A forma como a pessoa se veste, em nossa sociedade, pode exprimir sua condição social, seu emprego e até mesmo sua nacionalidade.
Porém, a moda atual, baseada em uma padronização da forma de se vestir seguindo a etiqueta dos países mais ricos, é também uma forma de expandir o capitalismo, atingindo novos mercados consumidores para empresas multinacionais.
Sendo assim, muitos estudiosos são críticos à expansão dessa forma de se fazer moda, pois suprime identidades locais a partir da imposição de uma cultura hegemônica, principalmente em países com histórico de colonização.
A questão é construída a partir do poema "Eu, etiqueta", de Carlos Drummond de Andrade.
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome… estranho.
[...]
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
[...]
Não sou – vê lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
[...]
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
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