Condições de trabalho “A expressão trabalho escravo contemporâneo, é ainda conceitualmente frágil para dar conta de toda complexidade socioeconômica e histórica, que envolve o tema, daí os embates e disputas conceituais tão prementes”, explica Fagno.“Defendemos, pois, a noção de trabalho escravo, enquanto escolha político-militante, por entender que nossos narradores assim são tratados na Amazônia”, explica Fagno. O pesquisador aponta que é resultado da combinação de vários elementos que não envolvem apenas o trabalho degradante com privação da liberdade. Sua observação, tendo como localidade central o município de Açailândia, mostrou que outros fatores estão em jogo. “Isolamento geográfico, retenção de documentos e salário, servidão por dívida, vigilância armada, maus tratos, punições por fugas, violência física e/ou psicológica e até assassinatos, tais características apareceram nas narrativas de nossos sujeitos históricos e geográficos”, explica Fagno. “Se constitui como uma atividade laboral degradante que envolve cerceamento da liberdade, por meio de uma dívida, aliado a péssimas condições de trabalho, alojamento, saneamento, alimentação e saúde.”Segundo ele, estima-se que existem entre 25 a 40 mil trabalhadores rurais vivendo em regime de escravidão no campo. “Principalmente no Pará, Mato Grosso, Maranhão, e Tocantins, configurando a cartografia da exploração do homem pelo homem”, acrescenta Fagno. Carvoarias, garimpos, fazendas, na produção de carvão para siderurgia, na produção de cana-de-açúcar, de algodão, de grãos, de erva-mate, pecuária bovina e desmatamento, são alguns exemplos usados pelo pesquisador.Fagno cita o tardio reconhecimento do trabalho escravo no Brasil, aconteceu somente em 1995, quando o País reconheceu oficialmente junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Lastimavelmente o estado do Maranhão é o maior exportador de trabalhadores escravizados no Pará”, comenta. COSTANTI, Giovanna. Trabalhadores rurais do Maranhão são escravizados no Pará, constata pesquisa. AUN - Agência Universitária de Notícias. 15 ago. 2018. Disponível em: Acesso em: 18 maio 2020. 1. Segundo o texto, quantas pessoas estão vivendo em situação de escravidão no campo? 2, Como é o perfil dos trabalhadores rurais escravizados?
Respostas
Resposta:
1)
"Segundo ele, estima-se que existem entre 25 a 40 mil trabalhadores rurais vivendo em regime de escravidão no campo."
2) "São, em sua maioria, homens, negros, pardos, analfabetos, semianalfabetos, analfabetos funcionais, sem qualquer qualificação profissional para o mundo do trabalho urbano"
1) De acordo com o pesquisador Fagno, há uma estimativa de que 25 a 40 mil trabalhadores rurais estejam vivendo em condições análogas à escravidão.
No texto, ainda é possível verificar quais são os estados em que o trabalho escravo costuma ocorrer. Esses estados são representados por: Pará, Mato Grosso, Maranhão Tocantins.
Dessa forma, fica claro que muitos fazendeiros acabam se aproveitando da mão-de-obra disponível e barata de pessoas que não são bem instruídas (ignorantes com relação ao não saber das leis) com relação aos direitos e deveres trabalhistas.
2) O perfil dos trabalhadores escravizados é composto por:
maioria formada por homens;
negros;
pardos;
analfabetos;
semianalfabetos;
analfabetos funcionais.
Dessa forma, o referido pesquisador deixa claro que são pessoas sem qualquer qualificação profissional para assumir um posto de trabalho dentro do ambiente urbano (que requer maior sociabilidade).
Portanto, podemos compreender que o perfil pessoal é formado por pessoas não instruídas que precisam do dinheiro para sobreviver e dar comida para as suas famílias.
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