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Resposta:
Devido a um aumento gigantesco da oferta de gravações nas últimas duas décadas, numa mesma sala-de-estar de uma casa de classe média urbana de uma grande cidade brasileira podem haver gravações de ópera, sinfonias, música de câmara, jazz, blues, rock, lambada, carnaval, samba, pagode, axé music, salsa, bolero, fl amenco, world music. Todos esses gêneros musicais tão diversos entre si convivem sem maiores atritos estéticos, pois correspondem a momentos distintos da vida desses consumidores de nossos tempos. Não resta dúvida de que esse maior acesso atual à música das culturas do mundo é algo extremamente positivo, porque inspira criadores e ouvintes sensíveis a explorar dimensões e linguagens sonoras há até pouco tempo praticamente desconhecidas.
Explicação: Um fator importante a se levar em conta, se o que se deseja compreender é a sensibilidade musical contemporânea, é que os meios massivos concebem a tecnologia, da qual dependem inteiramente, segundo um modelo evolucionista, de um modo análogo a como a vanguarda musical concebe a si mesma como um passo adiante num processo estético evolutivo. Em ambos os casos, o idioma dominante é o da superação: para a vanguarda, um novo estilo “supera” o anterior enquanto “solução” estética; e para os meios massivos, um novo equipamento ou novo modo de usar um antigo “resolve” um problema técnico de maneira mais adequada que as soluções anteriores; quer dizer, para cada novo equipamento eletrônico de gravação e difusão musical em uso há pelo menos um outro que se torna obsoleto. Isso assinala a intenção modernista