• Matéria: Filosofia
  • Autor: caio1928
  • Perguntado 6 anos atrás

Nietzsche costumava apresentar a sua sofisticada filosofia como algo para todos, mas não para qualquer um. O filme Django Livre do diretor norte americano Quentin Tarantino pode receber tranquilamente essa definição. Django-livre, assim como a filosofia de Nietzsche, não é algo que se possa compreender e apreciar sem esforço e certo conhecimento. Um expectador comum pode até gostar do filme de Tarantino e toma-lo como diversão escapista, o filme funciona para grandes plateias pelas cenas violentas, narrativa dinâmica e cheia de senso de humor, porém para compreender as nuances “tarantinianas” é preciso um olhar filosófico e um certo domínio da cultura clássica. Um expectador comum, ou mesmo alguém com um conhecimento técnico em cinema, não consegue perceber, por exemplo, que Tarantino explora uma das figuras de linguagem mais caras a Aristóteles, a Catarse, e o faz com brilhantismo. Em Django-livre essa catarse ocorre por meio da vendeta-histórica, o personagem principal na tentativa de recuperar sua esposa se torna um verdadeiro herói clássico-dionisíaco e nos redime dos nossos pecados e crimes, quando massacra os racistas, queima a Ku Klus Klan e explode seus algozes (que naquele momento em que estamos em frenesi já são nossos inimigos também). Django não foi o primeiro filme de Tarantino a utilizar a catarse aristotélica, ele já havia feito isso com maestria em Bastardos Inglórios, quando todos nós, pela arte do diretor nos vingamos dos nazistas. Em Django-livre, no entanto, a catarse é apenas um elemento filosófico presente. A opção, por exemplo, pelas cenas de violência como forma de nos dar o prazer de, ao menos na telona, assistirmos aos racistas sulistas americanos sendo vingados, recebendo uma punição que, nós, sociedade contemporânea, achamos que eles mereciam, tem a ver com uma função da estética que Nietzsche atribuía a arte, o elemento dionisíaco, a arte como libertação dos sentidos como a raiva, a angustia, o ódio. Tarantino, assim como Nietzsche, sabe que não podemos matar todos os racistas do século XIX, nem tão pouco os atuais, isso não significa, no entanto, que possamos tornar nossos sentimentos em relação a essas pessoas mais simpáticos, nem podemos esquecer a nossa história de violência e opressão. A arte, nesse sentido aparece como forma de despejar esse sentimento de vingança e assim, nos sentirmos um pouco melhores. Outra nuance lançada por Quentin Tarantino, e que somente o olhar filosófico pode captar, é a mistura entre a vendeta presente na literatura do escritor francês Alexandre I - A filosofia ajuda a compreender nuances e detalhes da vida cotidiana que outras pessoas não podem captar. II - A filosofia não tem uma função social, serve apenas para ajudar na interpretação de obras de arte, se restringindo a um papel de despertas a sensibilidade III - O conhecimento filosófico é necessariamente de conjunto, por isso é possível tomar certas teorias e conhecimentos específicos e aplicar até mesmo na interpretação de um filme como Django. IV – Quentin Tarantino utilizou a catarse aristotélica, utilizando um problema recente da sociedade contemporânea, o racismo no Sul dos EUA. Ou seja, a obra de Aristóteles, se corretamente contextualizada pode servir para melhorar o nosso olhar sobra a atualidade, sendo nesse sentido, perene.São corretas apenas as afirmações​

Respostas

respondido por: sofialeal17
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Leio o texto a seguir:“A alma asiática é, de maneira geral, mais altiva, mais uniforme e mais limitada que a alma ocidental. Era impossível fazer tabula rasa dos seus preconceitos e costumes, bem como da individualidade profunda dos povos orientais. O trabalho de assimilação só podia se efetuar lentamente, por etapas sucessivas (...). O que triunfou sobre o Oriente, em última instância, não foram os gregos, mas a civilização helênica. Por esse fato, ela se investiu de uma importância primordial. Os elementos dessa civilização (...) eram o racionalismo e a autonomia democrática” (DROYSEN, Alexandre, O grande. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010. p. 330).O historiador alemão Johann G. Droysen descreve o impacto que a expansão da cultura helênica teve sobre os povos do Oriente. Entre as civilizações conquistadas por Alexandre Magno, havia uma que possuía um vasto domínio da região do Oriente Médio e que, por vários motivos, era objeto de admiração de Alexandre. Essa civilização era: *

a) Hitita

b) Egípcia

c) Hebraica

d) Babilônica

e) Persa

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