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Bom, não sei se assustar é a palavra correta, acho que o que eu vou contar vai deixar a maioria com nojo…
No meio do ano eu passei alguns dias em Poços de Caldas, uma cidade no sul de Minas Gerais. Eu estava hospedado na casa de um casal de tios, quebrado, precisando de dinheiro, foi então que um terceiro parente conseguiu pra mim um bico em um restaurante. Eu seria o faz tudo por um dia.
Não vou citar o nome do restaurante, mas ele fica logo na entrada da cidade e tem outras filiais em várias cidades do Sul de Minas e não é um lugar barato, geralmente quem frequenta são viajantes com dinheiro e tempo sobrando. O lugar já foi visitado por jogadores de futebol, cantores, atores, etc.
O terceiro tio, que arrumou o trabalho para mim e já costumava prestar serviço para eles há algum tempo, já tinha alertado ao resto da família que eles reaproveitavam comida dos pratos dos clientes.
Ainda sim minha mãe frequentou o lugar durante quatro anos, quase sempre no pior horário: perto do fim do expediente do restaurante, que era quando eram servidos os restos dos restos.
Bom, ainda sim eu não queria acreditar, não era possível que a vigilância sanitária permitisse algo do tipo.
Depois de organizar e limpar as mesas do salão foi me dada a tarefa do restante do dia: recolher os pratos depois que os clientes terminassem a refeição, mas com uma ressalva: a comida deveria ser colocada em cima de um balcão dentro da cozinha.
Acho que tenho que explicar um pouco melhor essa parte. A cozinha era dividida em três partes: a área dos garçons, onde recolhiamos os pedidos e levávamos até às mesas; a área onde se cozinhava a comida e a área onde a louça era lavada e a comida "processada" e uma área era separada da outra por um balcão.
Comecei o serviço normalmente, recolhia a comida, os pratos, os copos e tudo mais, depois jogava toda a sujeira dentro da bandeja e deixava no balcão como combinado.
Depois de um tempo eu percebi que a comida estava sendo depositada em baldes que ficavam no chão, simplesmente pegavam a comida e jogavam nos baldes sem nem verificar se estava ou não contaminada com sujeira. Em minha defesa, eu juro que pensei que aquilo era lavagem, ou seja, comida de porco. Sim, eu pensei que era comida de porco.
Já na metade do expediente fiz uma pausa e fui ao banheiro, lá eu encontrei meu tio e a gente conversou um pouco enquanto descansava, durante a conversa eu pergunto se os baldezinhos eram lavagem e ele me responde rindo:
"Não, tá louco? Aquilo eles requeesquentam e servem de novo. Por isso eu falava pra tua mãe não frequentar a Venda lá de (cidade em que a gente vive) ou pelo menos chegar pra comer cedo pra não comer essa nojeira."
No dia em que trabalhei foram servidas 300 refeições à no mínimo R$ 39,90 cada uma, sendo que mais da metade delas eram comida de porco. Eu tentei tomar mais cuidado depois que me dei de conta que a comida estava sendo reaproveitada, mas eu tinha levado muita comida com sujeira em cima. A responsável por separar só tirava os guardanapos ou canudos de cima e jogava sem delicadeza nenhuma dentro do balde correto, já que eles pelo menos separavam pelo tipo de comida.
Eu lembro que eu estava retirando um prato de filé de peixe da mesa de uma família e uma criança espirrou em cima dele, deu pra ver os catarrinhos voando.
O conselho que eu dou é:
Não coma em restaurantes, principalmente quando estiver viajando, pois por mais refinado que possa parecer, restaurantes de beira de estrada sempre são uma possilga, mesmo que eles tenham uma adega com vinhos que custem mais de R$ 500,00. Principalmente quando virem algo dizendo A verdadeira comida mineira escrito em um cartaz amarelo com letras pretas e o nome do restaurante em cima ou o mesmo layout só que com letras brancas e um fundo preto. Por mais linda que seja a vista do salão do restaurante e a construção…
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