Respostas
Resposta:
Tendo determinado o objetivo da música, Aristóteles avança em suas
considerações, enumerando algumas razões que justificariam sua inclusão na educação,
sempre deixando claro que não é nada fácil estabelecer o que é nem a razão pela qual
ela deve ser cultivada na educação. Em certas situações, a música enseja divertimento e
recreação do mesmo modo que o sono, a bebida e a dança. Em outras, conduz à virtude,
podendo formar a alma e o caráter dos indivíduos e, ainda, proporcionar o descanso e o
cultivo da inteligência.
Em um primeiro momento, Aristóteles duvida de todas essas razões, postas a
favor da inclusão da música na educação. Ele não considera necessário que a juventude
aprenda alguma coisa por divertimento. Entende que a aquisição de conhecimento não é
prazerosa, mas, sim, permeada de sofrimentos. Para ele, ninguém brinca enquanto
aprende, pois a aprendizagem surge, muitas vezes, acompanhada de dor. Questiona
ainda a ideia de que a música possa melhorar os costumes dos jovens. Ele pergunta:
“Por que razão deve ser aprendida em vez de desfrutada, ouvindo outros, e emitindo
juízos sobre a sua execução?”4 O mesmo argumento se aplica no caso de a música
destinar-se a servir de diversão e entretenimento refinados para os adultos.
Para o filósofo, a música, por certo, não é uma necessidade biológica para o
homem, não tem a mesma utilidade que a gramática para o comércio e as ciências,
assim como o desenho, para a apreciação das formas da natureza e da arte, e a saúde.
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