Respostas
Explicação:
As mudanças recentes no cenário internacional, referentes ao fenômeno da globalização, aproximam os mercados e trazem novos temas relevantes para o avanço da capacidade competitiva do agronegócio brasileiro, como a biologia avançada, a tecnologia da informação, a nanotecnologia, a sustentabilidade ambiental e as mudanças ambientais globais. O setor da pesquisa agropecuária brasileira deve estar preparado para esses desafios. Ao mesmo tempo, as mudanças globais também ressaltam as diferenças entre os países. Uma diferença gritante entre o Brasil e os países desenvolvidos é a sua desigualdade de renda. Isso tem impactos sociais graves, além de prejudicar o tamanho de nosso mercado interno, que pode ser bastante ampliado e atrair os investimentos de outros países. A ciência, a tecnologia e a inovação também têm uma enorme contribuição para a redução dessa desigualdade, pois, ao lado da chamada exclusão educacional, a exclusão tecnológica e a exclusão digital também são causas cada vez mais evidentes da exclusão social e da pobreza, especialmente quando se trata dos pequenos produtores rurais. Ressalta-se, como desafio, a contribuição da ciência, tecnologia e inovação para produção de alimentos seguros e sadios, frente à exigência cada vez maior dos parceiros comerciais e aos riscos de novas doenças. Há um campo enorme também para fibras e novos produtos biodegradáveis oriundos da agricultura (os chamados bioprodutos), que substituem aqueles oriundos do petróleo ou sintéticos. Um dos exemplos é o biocombustível, mas o campo é bem mais amplo. Finalmente, lembramos o enorme potencial que representa o chamado biomercado: mercado de carbono e processos produtivos que gerem menos resíduos na atmosfera; novos produtos das florestas, explorados de forma sustentável, servindo como medicamentos, cosméticos e alimentos. Tudo isso representa um enorme potencial de campos de atuação da pesquisa agropecuária, que resultará em benefícios futuros, ao lado do contínuo avanço das técnicas de produção consolidadas, voltadas para a continuidade de expansão do agronegócio brasileiro. Biotecnologia, agricultura de energia, uso sustentável da biodiversidade, agricultura de precisão, rastreabilidade, agricultura orgânica e inovação tecnológica para uso prático e estratégico são temas que merecerão atenção cada vez maior das pesquisas. Isso só pode ter êxito através da ampliação das parcerias entre as instituições de pesquisa, com apoio das instituições financiadoras, dos fundos setoriais de pesquisa e o intercâmbio cada vez maior com as instituições de pesquisas no exterior e, claro, com a participação ativa da iniciativa privada nacional. É esse o caminho que devemos seguir para continuar produzindo o que existe de mais atual em tecnologia agrícola, pecuária e florestal.
Resposta:
Explicação:
Pesquisa patrocinada pela Rede de Fomento de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, elaborada pelo Kleffmann Group, com acompanhamento técnico da Embrapa Meio Ambiente (SP), demonstrou grande adesão do setor agropecuário brasileiro ao uso de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no Brasil.
De acordo com os dados, ocorreram consideráveis incrementos na adoção de sistemas ILPF no Brasil nos últimos anos. Entre os pecuaristas, apenas nos últimos cinco anos, o aumento foi de 10%. Entre os produtores de grãos o crescimento tem sido de 1% a cada cinco anos.
Resultados mostram um alto nível de adoção tecnológica com consequentes benefícios associados à melhoria da eficiência dos sistemas produtivos e de sua capacidade adaptativa aos possíveis efeitos negativos da mudança do clima. Por meio da pesquisa é possível diagnosticar a adesão dos produtores rurais brasileiros à intensificação produtiva sustentável com sistemas agrícolas integrados. O avanço significa o incremento da capacidade adaptativa dos sistemas produtivos diante dos desafios impostos pela mudança do clima, além de potencializar ganhos biológicos e econômicos decorrentes do aumento da eficiência dos sistemas produtivos. Todo este esforço contribui para o cumprimento das metas assumidas de forma voluntária pelo Brasil perante a Organização das Nações Unidas (ONU) na COP 15 e revisadas em Paris na COP 21.
O compromisso brasileiro é diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de 36,1% a 38,9% até 2020, tendo como base as emissões de 2005. O acordo foi incorporado na Política Nacional sobre Mudanças no Clima (Lei nº 12.187/2009), por meio dos Planos Setoriais de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas.
No setor agropecuário, os compromissos foram estabelecidos pelo "Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura", também denominado Plano ABC.