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O socialismo cristão é uma tendência dentro do cristianismo que interpreta por meio das Escrituras, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, que o modelo de sociedade socialista é o que mais se aproxima do modelo de sociedade que preze pelo amor, caridade e demais ensinamentos de Jesus. O socialismo cristão critica o modelo de organização socioeconômica capitalista valoriza princípios opostos ao cristianismo como o individualismo, a desigualdade jurídica e social mediante acúmulo de capital e meios de produção, de modo que a fé demanda uma opção consciente pelo socialismo.
Em termos políticos, os socialistas cristãos formam um grupo extremamente heterogêneo que se insere desde a esquerda à centro-esquerda, com a compreensão de que toda a Cristandade não pode deixar de buscar o sentido social do ensinamento. O socialismo religioso é uma compreensão de o socialismo se coloca como uma opção de organização social que permite aos cristãos viverem em comunhão.
Historicamente, embora o movimento religioso-socialista dentro da igreja sempre tenha sido um movimento minoritário, foi de grande importância, principalmente para o desenvolvimento da social democracia, no combate aos grupos fascistas e na redemocratização em países como Portugal e Brasil, além de trazer à tona a discussão da relação entre a Igreja e os trabalhadores e da igreja e o socialismo.
Karl Barth, um dos principais teólogos protestantes disse logo após se filiar ao Partido Social Democrata da Suíça em fevereiro 1915:
“ Um verdadeiro cristão deve ser um socialista (se ele realmente quiser viver o cristianismo a sério).