Compreender o processo de conquista e colonização do Brasil, enfatizando a relação entre os nativos e os colonizadores.
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Prezado Lino,
No início, o contato com os índios variou muito de tribo para tribo, haja vista os índios viverem como na idade da pedra e não apresentarem cidades. Nesse sentido, o pau-brasil, entre outros produtos comerciais interessantes das terras que seriam o Brasil não requeria a presença continuada no território, haja vista que sua obtenção era mais fácil através do escambo com os índios (eles cortavam a madeira em troca de bugigangas). Por essas razões, as terras que seriam o Brasil não despertaram maior interesse de Portugal por cerca de 30 anos.
Desse modo, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e os portugueses já haviam desenvolvido a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar partes do território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que "possuía" na América, ao mesmo tempo que o governo transferia para particulares os gastos com a colonização.
Exceto pela de Pernambuco e São Vicente, esse sistema de capitanias hereditárias sem um governo geral no novo território falhou, pois os índios lutaram bravamente contra as invasões e a escravidão, mesmo sem passar por situação semelhante ao serem informador por outras tribos dessas práticas pelos portugueses. Além disso, havia o ataque dos franceses, apoiados por algumas tribos. Desse modo, Portugal instalou o Governo-geral do Brasil, que tinha por objetivo aumentar o sucesso do projeto colonizador, ao auxiliar os donatários das capitanias hereditárias, bem como coibir abusos e estabelecer procedimentos de cooperação entre as capitanias, além, é claro, de recolher impostos e evitar a sonegação.
Um dos fatores que também contribuiu para o sucesso da invasão foram as gigantescas quantidades de vítimas indígenas das epidemias trazidas pelos os portugueses enquanto os europeus não eram tão afetados pelas mesmas doenças (em razão da resistência dos europeus a essas doenças). Com isso houve uma desestruturação de muitas sociedades indígenas em razão da morte de chefes, líderes religiosos, dentre outros detentores da cultura, de modo que se facilitou a dominação cultural, pois muitos índios passaram a acreditar que isso se devia ao deus dos europeus ser mais forte que os deles, favorecendo a conversão em massa em busca de salvação contra as epidemias e, em parte, por isso, até hoje, a maioria da população que habita a América é cristã.
Além disso, os portugueses conseguiram se aliar a algumas tribos, conseguindo acesso aos segredos e recursos humanos suficientes para vencer as demais tribos. Isso resultou, por exemplo, a utilizamos o termo "tupiniquim" para nos referirmos a nós mesmos, haja vista que a tribo dos tupiniquins foi uma que se aliou aos portugueses. Essas tribos parceiras os auxiliaram, especialmente através dos descendentes entre ambos, os mamelucos, a conhecerem os segredos e as técnicas de sobrevivência no Novo Mundo.
Contribuindo para o êxito do projeto colonizador, os jesuítas eram bem organizados, estudiosos, e práticos, trocando experiências sobre as práticas de catequização no mundo inteiro, analisando quais tinham êxito ou não, bem como apropriando-se dos idiomas e das culturas locais para melhor converterem e os aldeassem, favorecendo a formação das primeiras vilas e cidades.
Nesse sentido, os portugueses não conseguiram obrigar os índios ao trabalho pesado na lavoura por muito tempo, pois a agricultura era um trabalho feminino na sociedade deles, preferindo a morte, criando-se o mito de que os indígenas seriam "preguiçosos". Com o tempo, houve uma maior escravidão de negros da África, pois a escravidão já era um prática adotada pelos próprios africanos e pelos árabes, bem como eles já estavam acostumados ao trabalho agrícola.
Vale ressaltar que a maior parte da sociedade da época, mesmo nas cidades, era composta por índios, escravos e uma pequena quantidade de brancos, em geral, homens portugueses. Nesse sentido, com a quase absoluta ausência de mulheres europeias, a miscigenação foi um fator importante para a formação da sociedade da época, influenciando ainda hoje a composição étnica do povo brasileiro.
Um livro que ajuda a compreender melhor essa relação entre portugueses e índios está no livro "História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens, Nus e Cruéis Comedores de Seres Humanos, Situada no Novo Mundo da América, Desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas Terras de Hessen até os Dois Últimos Anos, Visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a Conheceu por Experiência Própria e agora a Traz a Público com essa Impressão"4 , também denominado de "Duas Viagens ao Brasil", escrito por Hans Staden, que passou pelas terras que seriam o Brasil por volta de 1547 - 1554.
No início, o contato com os índios variou muito de tribo para tribo, haja vista os índios viverem como na idade da pedra e não apresentarem cidades. Nesse sentido, o pau-brasil, entre outros produtos comerciais interessantes das terras que seriam o Brasil não requeria a presença continuada no território, haja vista que sua obtenção era mais fácil através do escambo com os índios (eles cortavam a madeira em troca de bugigangas). Por essas razões, as terras que seriam o Brasil não despertaram maior interesse de Portugal por cerca de 30 anos.
Desse modo, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e os portugueses já haviam desenvolvido a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar partes do território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que "possuía" na América, ao mesmo tempo que o governo transferia para particulares os gastos com a colonização.
Exceto pela de Pernambuco e São Vicente, esse sistema de capitanias hereditárias sem um governo geral no novo território falhou, pois os índios lutaram bravamente contra as invasões e a escravidão, mesmo sem passar por situação semelhante ao serem informador por outras tribos dessas práticas pelos portugueses. Além disso, havia o ataque dos franceses, apoiados por algumas tribos. Desse modo, Portugal instalou o Governo-geral do Brasil, que tinha por objetivo aumentar o sucesso do projeto colonizador, ao auxiliar os donatários das capitanias hereditárias, bem como coibir abusos e estabelecer procedimentos de cooperação entre as capitanias, além, é claro, de recolher impostos e evitar a sonegação.
Um dos fatores que também contribuiu para o sucesso da invasão foram as gigantescas quantidades de vítimas indígenas das epidemias trazidas pelos os portugueses enquanto os europeus não eram tão afetados pelas mesmas doenças (em razão da resistência dos europeus a essas doenças). Com isso houve uma desestruturação de muitas sociedades indígenas em razão da morte de chefes, líderes religiosos, dentre outros detentores da cultura, de modo que se facilitou a dominação cultural, pois muitos índios passaram a acreditar que isso se devia ao deus dos europeus ser mais forte que os deles, favorecendo a conversão em massa em busca de salvação contra as epidemias e, em parte, por isso, até hoje, a maioria da população que habita a América é cristã.
Além disso, os portugueses conseguiram se aliar a algumas tribos, conseguindo acesso aos segredos e recursos humanos suficientes para vencer as demais tribos. Isso resultou, por exemplo, a utilizamos o termo "tupiniquim" para nos referirmos a nós mesmos, haja vista que a tribo dos tupiniquins foi uma que se aliou aos portugueses. Essas tribos parceiras os auxiliaram, especialmente através dos descendentes entre ambos, os mamelucos, a conhecerem os segredos e as técnicas de sobrevivência no Novo Mundo.
Contribuindo para o êxito do projeto colonizador, os jesuítas eram bem organizados, estudiosos, e práticos, trocando experiências sobre as práticas de catequização no mundo inteiro, analisando quais tinham êxito ou não, bem como apropriando-se dos idiomas e das culturas locais para melhor converterem e os aldeassem, favorecendo a formação das primeiras vilas e cidades.
Nesse sentido, os portugueses não conseguiram obrigar os índios ao trabalho pesado na lavoura por muito tempo, pois a agricultura era um trabalho feminino na sociedade deles, preferindo a morte, criando-se o mito de que os indígenas seriam "preguiçosos". Com o tempo, houve uma maior escravidão de negros da África, pois a escravidão já era um prática adotada pelos próprios africanos e pelos árabes, bem como eles já estavam acostumados ao trabalho agrícola.
Vale ressaltar que a maior parte da sociedade da época, mesmo nas cidades, era composta por índios, escravos e uma pequena quantidade de brancos, em geral, homens portugueses. Nesse sentido, com a quase absoluta ausência de mulheres europeias, a miscigenação foi um fator importante para a formação da sociedade da época, influenciando ainda hoje a composição étnica do povo brasileiro.
Um livro que ajuda a compreender melhor essa relação entre portugueses e índios está no livro "História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens, Nus e Cruéis Comedores de Seres Humanos, Situada no Novo Mundo da América, Desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas Terras de Hessen até os Dois Últimos Anos, Visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a Conheceu por Experiência Própria e agora a Traz a Público com essa Impressão"4 , também denominado de "Duas Viagens ao Brasil", escrito por Hans Staden, que passou pelas terras que seriam o Brasil por volta de 1547 - 1554.
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