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O fascismo é um conceito que gera muito debate por sua complexidade, já que é um movimento político que se adapta a diferentes circunstâncias e apropria-se de ideais de diferentes ideologias. De toda forma, o fascismo, enquanto movimento político e social, possui uma retórica populista que explora assuntos como a corrupção endêmica da nação, crises na economia ou “declínio dos valores tradicionais e morais” da sociedade. Além disso, defende que mudanças radicais no status quo (expressão em latim para referir-se ao “estado atual das coisas”) devem acontecer.
Uma vez que ocupa espaços de poder, o fascismo transforma-se em um regime extremamente autoritário, baseado na exclusão social, portanto, hierárquico e bastante elitista.
O fascismo clássico, forma como o fascismo italiano é conhecido entre os historiadores, possuía algumas características:
1. Implantação de um sistema unipartidário ou monopartidário, no qual apenas o próprio partido fascista tinha direito à atuação no sistema político nacional;
2. Culto ao chefe/líder como forma de colocá-lo como a única pessoa capaz de guiar a nação ao seu destino;
3. Desprezo pelos valores liberais, nos quais estão inclusas as liberdades individuais e a democracia representativa;
4. Desprezo por valores coletivistas, como o socialismo, comunismo e anarquismo;
5. Desejo de expansão imperialista baseada na ideia de domínio de povos mais fracos;
6. Vitimização de determinados grupos da sociedade ou de um povo com o objetivo de iniciar uma perseguição contra aqueles que eram vistos como “inimigos do povo”;
7. Uso da retórica contra os métodos políticos tradicionais afirmando que estes eram incapazes de combater as crises e de levar a nação à prosperidade;
8. Exaltação dos “valores tradicionais” em detrimento de valores considerados “modernos”;
9. Mobilização das massas;
10. Controle total do Estado fascista sobre assuntos relacionados à economia, política e cultura.