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Em um apartamento da Rua Correia Dutra, no Bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, brilha um clarão sobre uma zona turva da história da literatura brasileira. Adentrá-lo para encontrar Francisca Vilas Boas na tarde de um domingo quente no fim de abril foi derivar 50 anos rumo ao passado e vislumbrar a gênese da configuração de um gênero literário, objeto da minha tese de doutorado na Universidade Federal de Juiz de Fora e pelo qual me aventurei como ficcionista em 2016, com a publicação do livro “Curto & Osso”. Francisca é a única remanescente do coletivo conhecido como Grupo de Guaxupé, ao qual atribui-se a fundação, no Brasil, de um formato textual relativamente jovem: o miniconto, tipo de prosa ficcional brevíssima, de tintas híbridas, que tem por aqui, entre seus mais estrelados adeptos, nomes como Dalton Trevisan, Marina Colasanti e João Gilberto Noll. Francisca, porém, tem trabalhado discretamente para que, ao lado desses nomes, sejam também arrolados os de seus colegas do Sul de Minas.
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