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Campanha republicana - A luta pela instauração da República no Brasil tem suas raízes ainda no período colonial. Presente na Inconfidência Mineira e na Revolução Pernambucana, teve seus ideais reforçados após a Independência. Durante o Segundo Reinado seus adeptos mantiveram-se anônimos por mais de trinta anos, simpatizando com os movimentos revolucionários do período sem, entretanto, participar do processo de formação político-partidária. Foi apenas no final de 1870, com a Guerra do Paraguai e o conseqüente desgaste do Imperador, que a idéia da República começou a ganhar mais força. Alguns signatários do Manifesto Republicano daquele ano defendiam uma revolução popular com o objetivo de destronar a Monarquia. A maioria, porém, era partidária de uma transição pacífica de um regime a outro, se possível só após a morte de Dom Pedro II. A grande mudança veio com o surgimento, na década de 1870, de um movimento republicano conservador nas províncias, principalmente em São Paulo. Através do Partido Republicano Paulista, fundado em 1873 por quadros provenientes da burguesia cafeeira, essa corrente adotou como ponto fundamental do seu programa a defesa da federação, convencida da incompatibilidade entre o Império e a autonomia das províncias. Descontente com o governo porque encontrava-se sub-representado no Parlamento e nos órgãos da monarquia, apesar de contribuir cada vez mais para a receita do Império devido à sua economia em expansão, São Paulo não recebia os benefícios aos quais julgava ter direito. O PRP, assim como o seu congênere, o PRM, de Minas Gerais, teve importante atuação no cenário político até o final do Império, congregando parcelas significativas da população. No Rio de Janeiro, a despeito da intensa propaganda nos jornais, o movimento republicano não logrou organizar-se em partido. Na Corte, as teses republicanas encontravam ressonância sobretudo entre intelectuais e profissionais liberais, mas o movimento só tomaria vulto com o apoio dos militares, descontentes com a monarquia.
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