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Resposta:
Platão é o filosofo das idéias
Portanto não quer saber do utilitarismo, do convencionalismo, do relativismo dos sofistas , o homem para Platão é dualista ( corpo e alma ) sua filosofia não se interessa pelo homem em sociedade e sim o divino no homem.
O mundo das idéias, o mundo das formas e o mundo dos conceitos passam a serem primordiais em sua filosofia. “Idealismo platônico, espiritualismo, e realismo das essências” filosofia e dialética se identificam como processo na busca dos valores absolutos. Para Platão o mundo é cópia, aparência e imitação de um mundo perfeito ou seja mundo realmente real.
O método filosófico de Platão segue algumas etapas definidas:
Das imagens atinge-se uma definição, mesmo que provisória, procede-se então à divisão dialética, que busca a espécie e o gênero próprio do objeto procurado, e finalmente atinge-se à ciência , ou seja chegamos agora a definição mais perfeita do objeto.
Sua crítica à democracia ateniense e a procura de soluções políticas do mundo grego foram preocupações centrais da vida e da obra daquele que é por muitos considerado o maior pensador da Antigüidade: Platão. Nele, filosofia e ação política estiveram permanentemente interligadas, pois alimentou sempre a convicção de que “... os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos cheguem ao poder, ou antes que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente”.
( Carta VII)
Portanto sua obra filosófica representará vários aspectos para a expansão de um pensamento alimentado pelo clima de liberdade e justiça e dignidade política.
Platão nasceu em Atenas em 428 a.C. e morreu em 348 a.C. , filho de Ariston e de Perictone, pertencia à tradicional família de Atenas e estava ligado sobretudo pelo lado materno, figuras eminentes do mundo político, sua mãe era descendente de Sólon, o grande legislador e irmã de Cármides e prima de Critias dois dos trinta tiranos que dominaram à cidade durante algum tempo.
Portanto se Platão em geral se manifesta desapreço pelo políticos de seu tempo ele o faz como alguém que viveu nos bastidores das encenações políticas desde à infância, suas críticas à democracia ateniense pressupunham um conhecimento direto das manobras políticas e de seus verdadeiros motivos.
A sua vida transcorreu, portanto entre a fase áurea da democracia ateniense e o final do período helênico: sua obra filosófica representará , em vários aspectos, a expansão de um pensamento alimentado pelo clima de liberdade de seu apogeu político.
Na sua juventude conheceu Crátilo, Heráclito de Éfeso sobre a mudança permanente de todas as coisas e interpretando de forma parcial e empobrecida a tese heraclítica , mas o grande acontecimento foi o encontro com Sócrates.
Possuído de um ideal político, Platão não estaria interessado em fazer parte do círculo do discípulos de Sócrates.
Sócrates era um amigo de vários membros preeminentes de sua família , Platão fala dele não como um mestre , mas como um “Velho Amigo”, por cuja pessoa tinha uma profunda admiração. Foi pois o exemplo de sua vida, o abalo de sua morte e o subsequente exílio que o aproximaram da Filosofia, quando Sócrates foi acusado de corromper a juventude , por difundir idéias contrárias à religião tradicional, Platão aprofundou o seu desencanto com a política e a democracia chegando a fundamentar-se na justiça , na prudência e amizade.
Cerca de 387 a.C. Platão funda em Atenas a Academia sua própria escola de investigação científica e filosófica torna-se o primeiro dirigente de uma instituição permanente voltada para a pesquisa original e concebida como conjugação de esforços de um grupo que vê no conhecimento algo vivo dinâmico e não um corpo de doutrinas a serem simplesmente resguardadas e transmitidas. Das atividades da Academia a filosofia fundamentalmente filosofar.