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Transcorrido meio século desde a sua fundação, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe deu contribuições relevantes para o desenvolvimento regional e suas teorias e visões foram escutadas em muitos lugares do mundo. Hoje a CEPAL é referência obrigatória para quem estuda a história econômica da região nos últimos tempos.
A Comissão desenvolveu-se como uma escola de pensamento especializada no exame das tendências econômicas e sociais de médio e longo prazo dos países latino-americanos e caribenhos.
O pensamento da CEPAL é dinâmico, seguindo as imensas transformações da realidade econômica, social e política, regional e mundial. Desde os primeiros anos desenvolveu um método analítico próprio e uma ênfase temática que, com algumas variantes, se manteve até nossos dias.
O método, chamado "histórico-estrutural", analisa a forma como as instituições e a estrutura produtiva herdadas condicionam a dinâmica econômica dos países em desenvolvimento e geram comportamentos que são diferentes do comportamento das nações mais desenvolvidas.
Neste método não há "estágios de desenvolvimento" uniformes. O "desenvolvimento tardio" de nossos países tem uma dinâmica diferente das nações que experimentaram um desenvolvimento mais precoce. O termo "heterogeneidade estrutural", cunhado nos anos 70, capta bem as características de nossas economias.