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Os bandeirantes paulistas acabaram por encontrar garimpos de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, com isto pessoas de várias regiões da colônia e até da Europa partiram para o sertão, muito além do limite de Tordesilhas. Em torno dos garimpos surgiram vilas e depois cidades. Uma sociedade urbana, o aparecimento de uma classe média de pequenos artesãos e comerciantes. Mas tudo girava em torno do metal precioso, mais tarde também surgiriam os diamantes, este passou a ser explorado por particulares, depois virou monopólio real.
O governo não se preocupou com a qualidade da extração do minério, as técnicas eram rudimentares e o trabalho difícil era executado por escravos, antes o governo enviava militares e fiscais a fim de evitar a sonegação e o contrabando de ouro e diamantes. Fora instituído um imposto de um quinto sobre o minério encontrado, era o Quinto. Todo ouro deveria ser levado a uma casa de fundição, onde seria cobrado o quinto e depois derretido e transformado em barra com a identificação do peso e do Selo Real Português. O rei também declarou que por ano fossem obtidas com a cobrança do quinto, cem arrobas de ouro (1500 kg). Caso a meta não fosse atingida, seria declarada a derrama, onde militares invadiriam as casas das regiões mineradoras, para confiscar o ouro devido.
O ciclo do ouro durou cerca de 140 anos, entrou em decadência devido a extração mal controlada e das técnicas rudimentares. A Espanha no século XVI cometeu o mesmo erro ao extrair ouro e prata em grandes quantidades, o que levou a inflação na Europa, na chamada Revolução dos Preços, ou seja, a perda de valor do metal preciso
Explicação:
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