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Bart Simpson tem muito do pai em seu caráter. Ele tem a atitude de não-estou-nem-aí, do garoto que só quer se divertir, e que vive procurando encrenca. Em “A namorada de Bart”, Bart desenvolve uma paixão impulsiva pela filha do reverendo Lovejoy, Jéssica. A princípio, Bart acha que precisa frequentar a escola dominical para conquistar a afeição de Jéssica. Mas ela só fica interessada nele quando reconhece em Bart um possível parceiro no crime.
Esse episódio ilustra as possibilidades da hipocrisia moral quando a moralidade é identificada com a conformidade a um código externo de comportamento. Como filha de um ministro religioso, Jéssica faz o papel de menina “boazinha”. Para garantir seus desejos egoístas, ela apela com hipocrisia para a moralidade. Mas com Bart há limites, uma atitude de “já basta”. Quando Jéssica rouba dinheiro da coleta da igreja, Bart faz o possível para se opor ao furto: “Roubar dinheiro da igreja é muito errado!”, ele lhe diz. “Até eu sei isso”. Quando acusam Bart do furto, ele pergunta a Jéssica por que deveria protegê-la. Ela responde: “Porque ninguém vai acreditar em você, se contar. Lembre-se que eu sou a doce e perfeita filha do ministro, e você é só um delinqüente”.
Por causa de suas costumeiras diabruras, os ocasionais reconhecimentos de Bart do dever podem assinalar certos pontos morais mais efetivamente do que no caso de crianças normalmente bem comportadas.