• Matéria: Ed. Física
  • Autor: juliacamargoc
  • Perguntado 6 anos atrás

4 ritmos presente na natureza

Respostas

respondido por: rafaelavp85
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Resposta:

Explicação:

4 ritmos presente na natureza

Tempo cronológico - o tempo do relógio

Em verdade, este tempo que dividimos em segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e assim por diante, não é real. Nós o inventamos como um artifício, um molde, uma forma de ter sob controle o tempo real. Ele é quantitativo e mensurável. Nenhuma cultura antiga jamais viveu sob as restrições e limites de tempo de forma a adaptar-se a eles como nós fazemos hoje. Vivia-se guiado pelos ritmos cósmicos, tal como se expressam na natureza. O tempo do relógio é uma violação do tempo real. Ficamos aprisionados neste tempo e o convertemos em doença cultural. Nenhum relógio pode replicar o tempo precisamente, pois em realidade, a natureza sempre o traz em sutis variações. As órbitas planetárias por exemplo, nunca são tão precisas ou absolutamente determinadas pelo tempo mecânico, mas estão sempre sujeitas a pequenas variações e mudanças.

Tempo Vivo – Ritmo  

Nós nos aproximamos da verdadeira natureza do tempo ao considerá-lo qualitativamente. Este segundo olhar para o tempo o enxerga como ritmo, como ciclos, como o tempo da natureza ou tempo vivo. Ritmo é sempre uma alternância regular, um pulsar vivo, um contrair e expandir, um aumentar e diminuir, e está sempre embebido em outros ritmos que o influenciam e podem variar. O portador dos processos temporais na natureza é o assim chamado reino etérico, e no ser humano, o corpo vital. Se nós conhecêssemos os ritmos do corpo vital e vivêssemos neles seríamos muito mais saudáveis.

Tempo Psicológico

A forma como nos relacionamos com o tempo, como o experimentamos, é chamada de dimensão psicológica. Uma conversa entediante dura uma eternidade, enquanto um encontro que suscite em nós interesse, que nos apaixone, faz o tempo voar. Nossos sentimentos constantemente influenciam nosso tempo natural e vital, alongando-o ou comprimindo-o. Alegria, tristeza e outras emoções deixam seu selo e estampa no modo como experimentamos o tempo, por exemplo, quando temos de esperar ou somos obrigados a nos apressar.

Ansiedade, tensão e nervosismo são forças de desgaste e destruição. Uma vez que stress conduz à exaustão, tempo psicológico deve ser considerado nestas condições como um oponente do tempo vivo. Nossos desejos insaciáveis de atar o futuro a ideias predeterminadas de como algo deve acontecer ( por falta de confiança no destino ou na vida) e manifestá-lo por meio de planos fixos, que geram inúmeras preocupações se ele assim não se cumpre, acabam por adoecer-nos. Felizmente, há uma quarta ordem do tempo que pode vir em nosso socorro.

Tempo do Eu – tempo Livre

O fato de que podemos observar, experimentar e até estudar o tempo como fenômeno mostra que uma parte de nosso ser vive em uma situação que nos permite emancipar-nos tanto do tempo quanto do espaço. Nosso eu é capaz de compreender conceitos tais como tempo, espaço, eternidade, duração etc, somente porque é independente de todos eles. Portanto, nosso eu não apenas sente e compreende o tempo, mas pode também estruturá-lo.Para chegarmos a uma conexão com o tempo do eu podemos praticar exercícios que conduzam a uma calma interior e equilíbrio íntimo, e também fortalecer nossa habilidade de atenção e concentração. Em outras palavras, estamos falando de meditação. Uma das importantes consequências destes exercícios pode ser o cultivo progressivo da capacidade de sair do tempo e elevar-se acima dele. É como se pudéssemos viver num estado de atenção tão plena que entramos num outro reino, no eterno presente. E assim, vivemos a partir de uma “presença de espírito”, como se costuma dizer. Neste estado, nos sentimos íntegros e equânimes, proativos em lugar de reativos, e confiantes ao invés de hesitantes ou apreensivos.Quanto mais praticamos exercícios desta natureza, mais nos tornamos aptos a estruturar o tempo e viver na sincronicidade. Queremos com isso convidá-los a iniciar um caminho de prática meditativa que possa levar a meditação a se tornar não apenas um exercício momentâneo, mas uma postura de vida, uma atitude que permeia toda a existência e nos põe em contato com a fonte geradora de tempo e vida.

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