Respostas
Resposta:
Para Bloch, o tempo é o plasma que envolve os fenômenos como lugar de sua inteligibilidade; é no tempo que entendemos os fatos históricos, pois somente o contexto pode nos auxiliar a compreender os acontecimentos
Para Bloch, o tempo é o plasma que envolve os fenômenos como lugar de sua inteligibilidade; é no tempo que entendemos os fatos históricos, pois somente o contexto pode nos auxiliar a compreender os acontecimentos; ... O paradigma: o tempo é contínuo, mas está em eterna mudança.
Já se disse que "a História é o estudo do homem no Tempo". A definição foi proposta por Marc Bloch por volta de meados do século XX,1 mas hoje parece tão óbvia que já deve ter sido mencionada inúmeras vezes em obras de historiografia, e certamente na maioria dos manuais de História. No entanto, quando Marc Bloch a propôs, estava confrontando esta definição a uma outra que também parecera perfeitamente óbvia aos historiadores do século XIX: "a História é o estudo do Passado Humano".
A idéia de "estudo", que aparece em ambas as definições, aliás, é particularmente sintomática, e assinala um momento no século XIX em que a história passa a ser considerada uma Ciência — uma ciência interpretativa, com seus métodos próprios e abordagens teóricas, e que deve se processar sob o métier de um novo tipo de estudioso e especialista que é o Historiador (no sentido acadêmico). O Historiador — no sentido moderno, e não no antigo — era a partir daqui esta figura de conhecimento que, no século XVIII, estivera ainda inserida embrionariamente dentro da polivalência do Filósofo de tipo iluminista como uma de suas inúmeras facetas (Voltaire, David Hume, Montesquieu e muitos outros filósofos escreveram eventualmente obras de História, ao mesmo tempo em que elaboravam ensaios voltados para a reflexão metafísica, para a estética, para a política, ou para a epistemologia).
Antes de se tornar "estudo", a História fora muitas coisas, inclusive algo que — de maneira igualmente óbvia para os homens de outro tempo — definira-se como o "registro do Passado Humano". A passagem do mero "registro" ao "estudo" é , como se disse, particularmente sintomática; mas por hora retornemos ao que há de propriamente distintivo em definir a História como "estudo do Passado Humano" ou como "Estudo do Homem no Tempo".
aprenda mais em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752006000200012
Bons estudos!!!!